Uso de CBD para alívio da dor na Endometriose e Adenomiose

Publicado em 14/06/25 | Atualizado em 12/06/25 Leitura: 16 minutos

Canabidiol (CBD)Cannabis como MedicamentoGinecológicas

A endometriose e a adenomiose são condições ginecológicas crônicas que causam dor significativa e impactam profundamente a qualidade de vida das mulheres. Ambas estão associadas a processos inflamatórios, alterações hormonais e envolvimento do sistema nervoso central na modulação da dor. O canabidiol, um composto não psicotrópico da planta Cannabis sativa, tem emergido como uma alternativa terapêutica promissora para o alívio da dor e a modulação dos sintomas associados a essas condições. Neste post, vamos explorar o potencial terapêutico do canabidiol no alívio das dores causadas pela endometriose e adenomiose.

Endometriose 

A endometriose é uma condição ginecológica crônica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora da cavidade uterina, afetando principalmente ovários, peritônio e ligamentos útero-sacros. Essa doença inflamatória está associada a dor pélvica severa, infertilidade e, frequentemente, a um impacto profundo na qualidade de vida das pacientes. A dor causada pela endometriose é multifatorial, envolvendo processos inflamatórios crônicos, inervação aberrante e fenômenos neuropáticos, além de alterações anatômicas devido à formação de aderências. Esses mecanismos contribuem para manifestações como dismenorreia, dispareunia, dor pélvica crônica e disúria, que variam em intensidade e frequência, desafiando a individualização do manejo clínico.¹

A dor crônica da endometriose afeta diversas dimensões da vida das pacientes, indo além do desconforto físico. No aspecto psicológico, é comum que as pacientes apresentem altas taxas de ansiedade, depressão e insônia, diretamente relacionadas à gravidade da dor.¹ No âmbito social, a dispareunia e a necessidade de abstinência sexual frequentemente comprometem relacionamentos interpessoais. Já no funcional, as crises de dor podem resultar em ausência no trabalho ou na escola, gerando prejuízos econômicos e acadêmicos. Além disso, a dor constante limita atividades cotidianas, reduzindo significativamente a percepção de bem-estar geral.¹

O manejo da endometriose exige uma abordagem multidisciplinar por parte dos médicos, começando pelo controle da dor com terapias hormonais, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e analgésicos neuropáticos. Em casos refratários, a intervenção cirúrgica pode ser necessária, com foco na excisão de lesões e restauração anatômica. Apoio psicossocial, incluindo terapias comportamentais e grupos de apoio, é fundamental para lidar com o impacto emocional. Além dessas estratégias, avanços recentes apontam para novas alternativas terapêuticas, como o uso de canabinoides, que têm demonstrado potencial promissor no manejo da dor crônica associada à endometriose.

Adenomiose

A adenomiose é uma condição ginecológica caracterizada pela presença de tecido endometrial ectópico infiltrando o miométrio, resultando em uma reação inflamatória crônica e hipertrofia uterina. Essa doença está frequentemente associada a dor pélvica crônica, dismenorreia severa, sangramentos menstruais abundantes (menorragia) e infertilidade, impactando significativamente a qualidade de vida das pacientes. ²

A dor associada à adenomiose tem origem em múltiplos mecanismos fisiopatológicos. A invasão do miométrio por tecido endometrial ectópico desencadeia uma resposta inflamatória que envolve a liberação de citocinas pró-inflamatórias e prostaglandinas, contribuindo para a sensibilidade aumentada e a dor intensa. Além disso, a hipertrofia miometrial e as alterações na contratilidade uterina exacerbam os sintomas dolorosos, especialmente durante o ciclo menstrual. Esse quadro doloroso crônico frequentemente interfere na funcionalidade das pacientes, limitando atividades diárias, relações sociais e profissionais.²

O impacto da adenomiose na qualidade de vida vai além do desconforto físico. A dor persistente é frequentemente acompanhada de altos níveis de ansiedade e depressão, que se correlacionam com a intensidade dos sintomas. Além disso, o sangramento excessivo pode levar à fadiga crônica e à anemia, agravando ainda mais o comprometimento do bem-estar geral. Do ponto de vista social, a redução da capacidade de trabalho e a dificuldade em manter relações interpessoais, especialmente pela dispareunia, são aspectos frequentemente relatados por pacientes com adenomiose.²

O manejo da adenomiose, assim como o da endometriose, exige uma abordagem multidisciplinar. O tratamento inicial inclui o uso de terapias hormonais, como agonistas do GnRH, DIU liberador de levonorgestrel e contraceptivos orais combinados, que visam reduzir a dor e o sangramento. Analgésicos, incluindo anti-inflamatórios não esteroides, também são frequentemente utilizados. Nos casos mais graves ou refratários, opções cirúrgicas, como a adenomiomectomia ou, em última instância, a histerectomia, podem ser necessárias. Além disso, o suporte psicossocial é essencial para abordar os impactos emocionais e funcionais associados à doença.²

Reconhecer a complexidade da dor na adenomiose e seu impacto multidimensional é fundamental para o manejo clínico eficaz. Ao adotar uma abordagem integrada e centrada na paciente, os médicos podem não apenas aliviar os sintomas físicos, mas também melhorar substancialmente a qualidade de vida dessas mulheres.

O uso do canabidiol (CBD) tem emergido como uma abordagem promissora no manejo da dor associada à adenomiose, especialmente em pacientes que não respondem bem às terapias convencionais. O CBD atua principalmente através da modulação do sistema endocanabinoide, regulando a liberação de neurotransmissores e citocinas envolvidas nos processos inflamatórios e na sensibilização da dor. Além disso, o CBD apresenta propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, reduzindo a produção de prostaglandinas e atenuando a inflamação no tecido miometrial.³

Sistema endocanabinoide e endometriose e adenomiose

O sistema endocanabinoide (SEC) exerce um papel crucial na regulação de diversos processos fisiológicos do sistema reprodutor feminino, sendo particularmente relevante em condições como endometriose e adenomiose. Componentes do SEC, como os receptores CB1 e CB2, estão estrategicamente distribuídos em órgãos reprodutivos, incluindo os ovários e o endométrio, onde desempenham funções essenciais na maturação dos ovócitos, desenvolvimento folicular, ovulação e decidualização endometrial, processos fundamentais para a fertilidade e a homeostase uterina. Alterações no funcionamento desse sistema têm sido associadas à patogênese de doenças ginecológicas caracterizadas por inflamação crônica e dor persistente.³

O SEC é composto por receptores canabinoides (principalmente CB1 e CB2), ligantes endógenos (endocanabinoides como anandamida e 2-AG) e enzimas responsáveis pela síntese e degradação desses ligantes.³ A ativação do receptor CB2 tem sido associada à redução da liberação de citocinas pró-inflamatórias, como IL-1β e TNF-α, enquanto o CB1, amplamente expresso no sistema nervoso periférico e central, desempenha um papel crítico na modulação da dor neuropática e inflamatória.

Além disso, a interação do SEC com fatores angiogênicos sugere que ele pode influenciar diretamente a formação de novos vasos sanguíneos nas lesões endometrióticas. A angiogênese é um processo fundamental na patogênese da endometriose, promovido por fatores como VEGF e HIF-1α, que são superexpressos em lesões ectópicas. O CBD apresenta propriedades antiangiogênicas bem documentadas, capazes de inibir a expressão de VEGF e COX-2, suprimindo a formação de novos vasos sanguíneos e limitando a densa vascularização, característica das lesões endometrióticas. Ao reduzir a hipóxia tecidual e a produção de mediadores angiogênicos, o CBD pode interferir diretamente no crescimento e na sustentação das lesões endometrióticas.4

Esta figura ilustra as moléculas envolvidas na patogênese da endometriose que podem ser alvo do canabidiol. O lado esquerdo é a condição de endometriose sem tratamento e o lado direito é com o tratamento com o canabidiol. O tratamento pode reduzir o número de células endometriais por meio da inibição da angiogênese e da inflamação. CBD, canabidiol; HIF-1α, fator induzível por hipóxia 1α; IL, interleucina; MMP, metaloproteinase da matriz; TGF-β, fator de crescimento transformador β; TNF-α, fator de necrose tumoral α; VEGF, fator de crescimento endotelial vascular. Fonte: Anvari Aliabad, Roghayeh et al. “Cannabidiol as a possible treatment for endometriosis through suppression of inflammation and angiogenesis.” Immunity, inflammation and disease vol. 12,8 (2024).
Esta figura ilustra as moléculas envolvidas na patogênese da endometriose que podem ser alvo do canabidiol. O lado esquerdo é a condição de endometriose sem tratamento e o lado direito é com o tratamento com o canabidiol. O tratamento pode reduzir o número de células endometriais por meio da inibição da angiogênese e da inflamação. CBD, canabidiol; HIF-1α, fator induzível por hipóxia 1α; IL, interleucina; MMP, metaloproteinase da matriz; TGF-β, fator de crescimento transformador β; TNF-α, fator de necrose tumoral α; VEGF, fator de crescimento endotelial vascular. Fonte: Anvari Aliabad, Roghayeh et al. “Cannabidiol as a possible treatment for endometriosis through suppression of inflammation and angiogenesis.” Immunity, inflammation and disease vol. 12,8 (2024).

Pesquisas têm demonstrado uma redução expressiva na expressão dos receptores CB1 e CB2 em glândulas e células estromais de lesões adenomióticas e endometrióticas, em comparação ao endométrio eutópico de pacientes e controles saudáveis. Essa diminuição nos receptores, possivelmente relacionada a um mecanismo de feedback negativo, pode ser uma resposta ao aumento dos níveis de endocanabinoides circulantes, como a anandamida (AEA). No entanto, esse desequilíbrio prejudica os efeitos anti-inflamatórios mediados pelo SEC, contribuindo para o ambiente pró-inflamatório e a perpetuação da dor característica da adenomiose.5

Além disso, o aumento da expressão de receptores CB2 em células imunológicas dessas pacientes sugere um esforço compensatório para combater a inflamação. A expressão elevada de TRPV1, um receptor relacionado à transmissão de estímulos dolorosos, tem sido associada à dor pélvica crônica, indicando sua relevância na fisiopatologia da doença e seu potencial como alvo terapêutico.6

Ademais, estudos apontam uma redução nas enzimas catabólicas FAAH, NAPE-PLD, MAGL e DAGL em tecidos adenomióticos, o que resulta em uma degradação mais lenta de endocanabinoides como a AEA. Esse acúmulo de AEA, embora inicialmente possa sugerir um efeito protetor, não é suficiente para contrabalançar a redução dos receptores canabinoides, exacerbando o quadro inflamatório local.7

A abordagem do SEC como alvo terapêutico para a endometriose e adenomiose oferece uma perspectiva inovadora para o manejo dessas doenças, atuando simultaneamente em múltiplos mecanismos patológicos. Evidências sugerem que os canabinoides podem exercer efeitos antiestrogênicos, reduzir o estresse oxidativo e a fibrose, inibir a angiogênese exacerbada e modular a apoptose celular e a decidualização estromal. Além disso, os compostos derivados da cannabis têm demonstrado benefícios na redução da dor e na gestão de sintomas associados, como ansiedade, depressão e distúrbios do sono, melhorando significativamente a qualidade de vida das pacientes. 3

Evidências científicas

Estudos indicam que mulheres com endometriose têm até quatro vezes mais chances de recorrer ao uso excessivo de analgésicos, incluindo opioides, o que pode levar à dependência e abuso de medicamentos. Nesse contexto, a cannabis medicinal surge como uma alternativa promissora, oferecendo uma nova abordagem para o manejo da dor, inflamação, distúrbios do sono e sintomas emocionais associados à doença.8

Para saber mais sobre o uso da Cannabis no tratamento de dores crônicas acesse: Cannabis no manejo da Dor Crônica – WeCann Academy

Em um esforço para expandir as opções terapêuticas, pesquisadores têm investigado o potencial do canabidiol  para o manejo da endometriose. Recentemente, um estudo que analisou dados de amostras de pacientes e ensaios em animais, além de uma revisão da farmacocinética dos produtos de CBD disponíveis, sugeriu que o CBD possui propriedades promissoras para o alívio da dor e de outros sintomas associados à endometriose.9

O estudo destacou como o CBD interage com múltiplos alvos moleculares envolvidos na patogênese da endometriose, incluindo vias que influenciam a formação e o crescimento das lesões endometriais. A atividade do CBD sobre esses alvos pode fornecer um alicerce para novos tratamentos direcionados à regulação dos sintomas da endometriose. A análise, porém, também apontou que são necessários mais estudos para determinar quais dos mecanismos de ação do CBD são mais eficazes no controle da dor e de outros sintomas comórbidos, como distúrbios gastrointestinais e distúrbios de humor. Esses achados reforçam a necessidade de uma investigação mais profunda para esclarecer a eficácia do CBD e otimizar suas aplicações clínicas.9

O feedback das pacientes também revelou informações positivas sobre o uso do CBD. De acordo com os relatos, os produtos à base de CBD foram bem tolerados e apresentaram impactos favoráveis tanto na dor quanto nos sintomas associados, como distúrbios do sono e alterações no humor. Esses resultados indicam que o CBD pode não apenas ser eficaz no controle da dor, mas também no manejo de aspectos psicológicos e físicos frequentemente associados à endometriose. Além disso, o CBD demonstrou efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, imunomoduladores, antiangiogênicos, antiproliferativos e neuroprotetores, o que reforça sua perspectiva como agente terapêutico promissor nessa condição.9

Estudos conduzidos na Europa, envolvendo mais de 900 mulheres da Alemanha, Suíça e Áustria, revelaram que 17% das pacientes com endometriose usaram cannabis para aliviar seus sintomas. Essa percentagem reflete não apenas o interesse crescente pelo uso medicinal da planta, mas também sua eficácia relatada no manejo de aspectos como sono (91%), dor menstrual (90%) e dor pélvica não cíclica (80%). Notavelmente, 90% das pacientes que utilizaram cannabis relataram uma redução significativa na dependência de analgésicos, com quase metade obtendo uma redução superior a 50%.10

Além de seu potencial analgésico, a cannabis mostrou benefícios psicológicos para as pacientes. Cerca de 75% das mulheres com ansiedade ou humor deprimido relataram melhorias consideráveis após o uso de cannabis. Esse efeito é atribuído à interação dos compostos da planta, como o THC e o CBD, com o sistema endocanabinoide, que desempenha um papel fundamental na modulação da dor, inflamação e humor. Essa interação pode ajudar a explicar por que a cannabis tem se mostrado eficaz não apenas no alívio dos sintomas físicos da endometriose, mas também no aumento da qualidade de vida geral das pacientes.10

Apesar desses resultados promissores, a pesquisa também destaca as limitações atuais no acesso à cannabis medicinal e a necessidade de estudos adicionais. Os autores enfatizam que mais investigações são necessárias para determinar a melhor via de administração, dosagem adequada, proporção ideal entre THC e CBD e possíveis efeitos a longo prazo. Além disso, o interesse dos pacientes em produtos à base de cannabis é notável: 80% das pacientes que nunca utilizaram cannabis expressaram interesse em produtos de CBD, e 60% demonstraram abertura ao uso de produtos com THC, especialmente se prescritos por médicos.10

Esses achados reforçam a cannabis como uma ferramenta potencial em uma abordagem multimodal para o tratamento da endometriose e adenomiose. Apesar dessas descobertas preliminares, ainda são necessárias evidências robustas provenientes de ensaios clínicos controlados randomizados para confirmar os benefícios clínicos do CBD e avaliar seus potenciais efeitos colaterais. Com a expectativa de que os resultados de testes em andamento possam esclarecer essas questões nos próximos dois a três anos, a pesquisa em torno do CBD continua a avançar, oferecendo uma nova perspectiva para pacientes que buscam alternativas terapêuticas seguras e eficazes.

Conclusão

O uso do canabidiol no alívio da dor causada pela endometriose e adenomiose representa uma abordagem terapêutica inovadora e promissora, especialmente para pacientes que não respondem adequadamente às terapias convencionais. A interação do CBD com o sistema endocanabinoide pode modular diversos processos inflamatórios, reduzir a angiogênese e minimizar os efeitos da dor neuropática e inflamatória, proporcionando alívio significativo aos sintomas dessas condições.

Estudos emergentes reforçam a importância de considerar o CBD como uma alternativa eficaz, ajudando a melhorar a qualidade de vida das pacientes ao atenuar não apenas a dor, mas também os impactos emocionais e funcionais. Embora mais pesquisas sejam necessárias para consolidar sua eficácia e segurança a longo prazo, o CBD representa uma opção promissora no manejo da dor crônica associada à endometriose e adenomiose.

Manter-se atualizado sobre as opções terapêuticas para endometriose e adenomiose é essencial para que os médicos ofereçam mais opções de tratamentos eficazes e baseados em evidências a essas pacientes. Nesse contexto, a WeCann se destaca como uma importante parceira da comunidade médica, fornecendo suporte na tomada de decisões clínicas fundamentadas em ciência. Através de recursos técnicos, como o Tratado de Medicina Endocanabinoide, a instituição capacita os profissionais médicos a explorar o potencial terapêutico dos canabinoides no manejo de condições clínicas complexas. Essa abordagem permite que os médicos integrem essas terapias de forma segura, ética e alinhada às mais recentes descobertas científicas.

Referências 

  1. Pardin, E. P., Pereira, F. A., Dranka, V. A., Vieira, J. P. M., Santos, R. P. dos, Iria, L. L., kolossovski, L. P., Pasquali Junior, E., Silva, G. S. de M. e, Bernini, C. B., Giacomin, L. G., & Pontello, A. (2023). O impacto da endometriose na qualidade de vida das mulheres: revisão de literatura. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(4), 861–871. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p861-871
  2. Figueira, A. M. de A., Pinto, C. M. C., de Oliveira, E. A. R., Nascimento, F. H., de Andrade, J. P. L. M., Zica, L. S., Miranda, L. A., de Carvalho, L. A. S. M., Affonso, M. C., & Fraga, T. P. (2023). Adenomiose: aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico. Brazilian Journal of Development, 9(3), 9676–9690. https://doi.org/10.34117/bjdv9n3-054
  3. MONTAGNER, Patrícia; DE SALAS-QUIROGA, Adán. Tratado de Medicina Endocanabinoide.1. ed. WeCann Endocannabinoid Global Academy, 2023.
  4. Anvari Aliabad, Roghayeh et al. “Cannabidiol as a possible treatment for endometriosis through suppression of inflammation and angiogenesis.” Immunity, inflammation and disease vol. 12,8 (2024): e1370. doi:10.1002/iid3.1370
  5. Allam, S. et al. Detection of Cannabinoid Receptor Expression by Endometriotic Lesions in Women with Endometriosis as an Alternative to Opioid-Based Pain Medication. J. Immunol. Res. 2022, 1-9 (2022).
  6. Rocha, M. G. et al. TRPV1 Expression on Peritoneal Endometriosis Foci is Associated With Chronic Pelvic Pain. Reprod. Sci, 18, 511-515 (201 1).
  7. Bilgic E, Meydanli EG, Kose S, Aydin MC, Karaismailoglu E, Akar I, et al. Endocannabinoids modulate apoptosis in endometriosis and adenomyosis. Acta Histochem. 2017;119:523–32. https://doi.org/10.1016/j.acthis.2017.05.005.
  8. Chiuve SE, Kilpatrick RD, Hornstein MD, et al. Chronic opioid use and complication risks in women with endometriosis: a cohort study in US administrative claims. Pharmacoepidemiol Drug Saf. 2021;30:787-796. doi:10.1002/pds.5209
  9. Lucy H.R. Whitaker, Clive Page, Charles Morgan, Andrew W. Horne, Philippa T.K. Saunders, Endometriosis: cannabidiol therapy for symptom relief, Trends in Pharmacological Sciences, Volume 45, Issue 12, 2024, Pages 1150-1161, ISSN 0165-6147, https://doi.org/10.1016/j.tips.2024.10.014.
  10. Jasinski, V., Voltolini Velho, R., Sehouli, J. et al. Cannabis use in endometriosis: the patients have their say—an online survey for German-speaking countries. Arch Gynecol Obstet 310, 2673–2680 (2024). https://doi.org/10.1007/s00404-024-07652-6

 

Esse texto foi elaborado pelo time de experts da WeCann, baseado nas evidências científicas partilhadas nas referências e, amparado na ampla experiência prescritiva dos profissionais.

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