A cannabis pode melhorar a acne? Descubra aqui

Publicado em 18/06/25 | Atualizado em 18/06/25 Leitura: 15 minutos

Cannabis como MedicamentoDermatológicas

A acne é uma condição dermatológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando não apenas desconforto físico, mas também impactos significativos na autoestima e qualidade de vida. Com o crescente interesse em terapias alternativas e o aumento de evidências científicas acerca da cannabis, surgem questões sobre seu potencial terapêutico para várias condições médicas, incluindo problemas de pele como a acne. 

Neste post, vamos explorar a relação entre a cannabis e o tratamento da acne, analisando as evidências científicas disponíveis, os mecanismos de ação propostos e as considerações importantes para quem considera esta abordagem.

O que é a Acne e como ela se desenvolve?

A acne vulgar representa uma das doenças inflamatórias crônicas mais prevalentes mundialmente, manifestando-se através de diversas lesões cutâneas como pápulas, pústulas, comedões e, em casos mais graves, nódulos. Embora tradicionalmente associada à adolescência, esta condição pode afetar pessoas de diferentes faixas etárias, desde jovens até adultos acima dos 25 anos.¹

No âmbito fisiopatológico, quatro mecanismos fundamentais interagem na gênese das lesões: a queratinização folicular anormal, alterações na produção e composição do sebo, a presença de Cutibacterium acnes (anteriormente denominado Propionibacterium acnes) e os processos inflamatórios subsequentes.¹

A queratinização folicular anormal constitui um elemento essencial na formação das lesões iniciais. Neste processo, ocorre uma hiperproliferação dos queratinócitos e falha na sua descamação normal, resultando na obstrução do folículo pilossebáceo. Esta obstrução pode ocorrer mesmo quando não há aumento significativo na produção sebácea.

Além do aspecto quantitativo, alterações qualitativas na composição do sebo desempenham papel crucial. Diferenças nas concentrações de esqualeno, triglicérides e na proporção de ésteres de cera/colesterol contribuem para criar um ambiente propício ao desenvolvimento da acne. É importante ressaltar que estas alterações não estão necessariamente relacionadas a um aumento absoluto na produção de sebo, mas à sua composição específica.

Contrariamente à crença popular, pesquisas recentes demonstram que não há propriamente uma hipercolonização por C. acnes na pele com acne. O que ocorre são diferenças específicas nos filotipos bacterianos entre a pele saudável e aquela com predisposição à acne. Cepas como as do tipo IA e IC, identificadas por tipagem de sequência multilocus, são mais frequentemente associadas às lesões inflamatórias.

Os processos inflamatórios, por sua vez, são desencadeados por uma complexa cascata de eventos que envolvem a resposta imunológica inata e adaptativa. Esta inflamação pode ser exacerbada pela estimulação crônica do sistema imunológico por cepas resistentes de C. acnes, especialmente em adultos.

É importante destacar que embora os mecanismos básicos sejam semelhantes, existem diferenças significativas na patogênese da acne adolescente e adulta. Na acne adulta, fatores adicionais como desregulação hormonal periférica, hipersensibilidade dos órgãos-alvo aos andrógenos e metabolismo intra-écrino alterado nas glândulas sebáceas desempenham papeis preponderantes, mesmo quando os níveis séricos hormonais se encontram dentro dos limites normais.

A acne, portanto, não deve ser vista como uma simples condição dermatológica, mas como manifestação de um complexo desequilíbrio entre fatores genéticos, hormonais, microbiológicos e imunológicos, cuja expressão clínica e resposta terapêutica variam significativamente de acordo com a idade e características individuais do paciente.

Cannabis e seus componentes

A Cannabis sativa L. constitui um complexo fitoquímico de notável diversidade, caracterizado pela presença de mais de 550 compostos bioativos identificados até o momento, dos quais aproximadamente 150 são classificados como fitocanabinoides, moléculas terpenofenólicas com propriedades farmacológicas distintas. Dentre estes, o Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC) e o canabidiol (CBD) representam os constituintes mais extensivamente estudados e farmacologicamente relevantes.²

O Δ9-THC, um agonista parcial dos receptores canabinoides CB₁ e CB₂, possui afinidade por estes receptores, sendo responsável pelos efeitos psicotrópicos característicos mediante ativação dos receptores CB₁ localizados em todo organismo, mas predominantemente no sistema nervoso central, particularmente no córtex pré-frontal, hipocampo, gânglios basais e cerebelo. Sua capacidade de modular a neurotransmissão glutamatérgica, GABAérgica e dopaminérgica fundamenta seus efeitos psicoativos e potencial terapêutico.²

Em contraste, o CBD apresenta um perfil farmacológico consideravelmente mais complexo e singular. Apesar da baixa afinidade pelos receptores canabinoides, atua como modulador alostérico negativo do receptor CB₁ e agonista indireto do sistema endocanabinoide mediante inibição da enzima amida hidrolase de ácidos graxos (FAAH), responsável pela degradação da anandamida. Adicionalmente, o CBD interage com diversos alvos não-canabinoides, incluindo receptores serotoninérgicos 5-HT1A, receptores vaniloides TRPV1, receptores acoplados à proteína G GPR55, e receptores de adenosina, conferindo-lhe um espectro de atividades anti-inflamatórias, ansiolíticas, antipsicóticas e neuroprotetoras sem os efeitos psicotrópicos característicos do THC.²

Além destes canabinoides principais, a planta sintetiza uma variedade de outros fitocanabinoides farmacologicamente relevantes, incluindo o canabinol (CBN), canabigerol (CBG), canabicromeno (CBC) e tetrahidrocanabivarina (THCV), cada um com perfil farmacológico distinto. O CBG, precursor biossintético dos demais canabinoides, apresenta propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e potencial antineoplásico mediante mecanismos ainda não completamente elucidados. O CBC, por sua vez, demonstra atividade anti-inflamatória e analgésica mediante interação com receptores TRPA1.²

Para saber mais sobre os Fitocanabinoides acesse: Principais Fitocanabinoides e seus efeitos no organismo

Adicionalmente aos canabinoides, a Cannabis sintetiza uma complexa mistura de terpenos e terpenoides, responsáveis pelas características organolépticas da planta e que contribuem significativamente para seus efeitos farmacológicos mediante o fenômeno denominado “efeito entourage”. Este conceito postula que a atividade biológica do extrato integral da planta excede aquela dos componentes isolados devido a interações sinérgicas ou aditivas entre constituintes. Entre os terpenos predominantes destacam-se o β-mirceno, α-pineno, β-cariofileno, limoneno e linalol, cada um com propriedades farmacológicas específicas e potencial modulatório da atividade canabinoide.²

A distribuição quantitativa destes fitoconstituintes varia significativamente em função do genótipo, condições ambientais, métodos de cultivo e processamento pós-colheita, resultando em quimiotipos com perfis farmacológicos distintos. O desenvolvimento de metodologias analíticas de alta resolução, tem permitido a caracterização detalhada destes quimiotipos e padronização de preparações farmacêuticas derivadas da Cannabis.

A compreensão aprofundada da complexa fitoquímica da Cannabis e das interações moleculares de seus constituintes com o sistema endocanabinoide e demais alvos biológicos constitui fundamento essencial para o desenvolvimento racional de terapias baseadas em canabinoides para diversas condições patológicas, incluindo potencialmente doenças dermatológicas inflamatórias como a acne.

O sistema endocanabinoide e a Pele

Para compreender como a cannabis pode influenciar a saúde cutânea, particularmente no contexto da acne, é fundamental conhecer o sistema endocanabinoide (SEC), um sofisticado sistema de sinalização molecular. Este sistema é composto por endocanabinoides, receptores específicos e enzimas responsáveis pela síntese ou degradação destes compostos, todos trabalhando em conjunto para manter a homeostase tecidual.²

O SEC consiste principalmente em dois endocanabinoides bem estudados: o 2-araquidonoil-glicerol (2-AG) e a anandamida (AEA), ambos derivados de fosfolipídios da membrana celular. Os principais receptores deste sistema são o Receptor Canabinoide 1 (CB1R) e o Receptor Canabinoide 2 (CB2R), presentes em múltiplas estruturas cutâneas, incluindo queratinócitos epidérmicos, mastócitos, folículos pilosos e glândulas sebáceas, onde apresentam um padrão de distribuição complementar.³

Além dos receptores canabinoides clássicos, os endocanabinoides interagem com Receptores de Potencial Transitório (TRP), canais iônicos transmembranares envolvidos na percepção de coceira, temperatura e dor, e com Receptores Ativados por Proliferador de Peroxissomo (PPAR), que regulam o metabolismo lipídico e processos inflamatórios.³

No contexto da acne, condição caracterizada por queratinização folicular anormal, alterações na produção e composição do sebo, presença de Cutibacterium acnes e processos inflamatórios subsequentes, os canabinoides demonstram potencial terapêutico significativo. Pesquisas confirmam que tanto o CB1R quanto o CB2R são expressos nas glândulas sebáceas humanas, indicando que os canabinoides podem modular diretamente a lipogênese e as respostas inflamatórias nos sebócitos.³

Estudos revelaram que diferentes canabinoides produzem respostas variadas nos sebócitos. O canabidiol, um dos principais fitocanabinoides não psicotrópicos da Cannabis sativa, suprime a lipogênese nos sebócitos através de mecanismos mediados pelo canal iônico TRPV4, afetando a via de sinalização ERK 1/2 MAPK. Além disso, o CBD possui propriedades antimicrobianas que podem contribuir para o controle do crescimento de C. acnes.³

Fitocanabinoides como o canabicromeno e o Δ9-tetrahidrocanabivarina demonstraram capacidade de suprimir a lipogênese, enquanto outros como o canabigerol (CBG) a aumentaram. Entretanto, todos os fitocanabinoides testados demonstraram ações anti-inflamatórias nos sebócitos, evidenciando seu potencial terapêutico multifacetado.³

O extrato hexânico de semente de cânhamo também apresenta propriedades relevantes para o tratamento da acne, inibindo interleucinas pró-inflamatórias induzidas por Cutibacterium acnes e reduzindo a produção de lipídios através das vias de sinalização AMPK e AKT/FoxO1. Adicionalmente, este extrato inibe as vias NF-κB e MAPK nos queratinócitos, contribuindo para a redução do processo inflamatório.³

Pesquisas recentes demonstraram que o CBD inibe especificamente a inflamação induzida por vesículas extracelulares derivadas de C. acnes em queratinócitos humanos, um efeito mediado pelo CB2R. Neste processo, o CBD regula positivamente a expressão de CB2R e negativamente a expressão de TRPV1, resultando na inativação das vias de sinalização inflamatórias.³

Mecanismo de ação dos canabinoides na acne e seborreia Os endocanabinoides aumentam a síntese lipídica e a apoptose dos sebócitos por meio da CB2R A ação lipostática do CBD é mediada pelo canal iônico TRPV4 através da inibição da via MAPK/Erk. Um extrato hexânico de semente de cânhamo inibiu a via NF-κB e MAPK em queratinócitos e regulou a produção de lipídios via sinalização AMPK e AKT/FoxO1 em sebócitos. CBD: canabidiol; TRPV: vaniloide potencial receptor transitório; MAPK/Erk: proteína quinase ativada por mitógeno/quinase regulada por sinal extracelular 1/2; AMPK: proteína quinase ativada por AMP; mTOR: mamífero alvo da rapamicina; FoxO1: Proteína O1 da caixa Forkhead. Esta figura foi criada com Biorender at www.biorender.com 
Mecanismo de ação dos canabinoides na acne e seborreia Os endocanabinoides aumentam a síntese lipídica e a apoptose dos sebócitos por meio da CB2R A ação lipostática do CBD é mediada pelo canal iônico TRPV4 através da inibição da via MAPK/Erk. Um extrato hexânico de semente de cânhamo inibiu a via NF-κB e MAPK em queratinócitos e regulou a produção de lipídios via sinalização AMPK e AKT/FoxO1 em sebócitos. CBD: canabidiol; TRPV: vaniloide potencial receptor transitório; MAPK/Erk: proteína quinase ativada por mitógeno/quinase regulada por sinal extracelular 1/2; AMPK: proteína quinase ativada por AMP; mTOR: mamífero alvo da rapamicina; FoxO1: Proteína O1 da caixa Forkhead. Esta figura foi criada com Biorender at www.biorender.com 

Estes achados científicos sugerem que a modulação do sistema endocanabinoide oferece abordagens terapêuticas promissoras para o tratamento da acne, atuando simultaneamente em múltiplos aspectos da fisiopatologia desta condição: regulando a produção excessiva de sebo, moderando a resposta inflamatória e combatendo a proliferação bacteriana. Com a crescente compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos, os canabinoides emergem como candidatos potenciais para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para esta condição dermatológica tão prevalente.

Evidências clínicas e estudos relevantes

Um estudo clínico não controlado conduzido por Cohen et al. (2023) avaliou a eficácia de uma formulação tópica contendo CBD associado a uma combinação de terpenos extraídos de Centella asiática e Silybum marianum. O estudo envolveu 30 indivíduos e demonstrou que o tratamento não apenas reduziu a inflamação cutânea, mas também inibiu o crescimento da bactéria Cutibacterium acnes, um dos principais fatores etiológicos da acne vulgar.4

Os resultados indicaram uma redução estatisticamente significativa nas lesões inflamatórias, com um decréscimo de 31,8% após 28 dias de uso, 38,2% após 42 dias e atingindo 70,9% ao final de 56 dias. Esses achados sugerem uma melhora progressiva, reforçando o potencial terapêutico do CBD na modulação da resposta inflamatória da pele.4

Além disso, um estudo simples-cego, envolvendo 11 participantes, avaliou os efeitos de um creme contendo extrato de semente de cannabis a 3%, aplicado duas vezes ao dia por um período de 12 semanas. A análise dos desfechos primários incluiu a quantificação da produção sebácea e do eritema cutâneo por meio de espectrofotometria de refletância (Mexameter). Os resultados indicaram uma redução significativa da oleosidade e da inflamação cutânea (p < 0,05), sugerindo um efeito sebostático e anti-inflamatório clinicamente relevante.5

Outro estudo clínico, conduzido por Palmieri et al. (2019) entre os anos de 2016 e 2017, investigou o efeito de um creme enriquecido com CBD em um grupo de 20 pacientes com idades entre 20 e 80 anos, todos diagnosticados com doenças dermatológicas inflamatórias. O tratamento consistiu na aplicação tópica do creme duas vezes ao dia, durante um período de três meses.6

Os desfechos analisados incluíram a melhora da inflamação cutânea, a redução de cicatrizes e o impacto na qualidade de vida dos pacientes. Os achados demonstraram uma melhora significativa dos quadros inflamatórios, independentemente do tipo de pele ou faixa etária, corroborando o potencial do CBD como adjuvante terapêutico em desordens dermatológicas inflamatórias.6

Apesar dessas evidências promissoras, a literatura ainda carece de ensaios clínicos randomizados controlados por placebo, de maior escala, para validar a eficácia e a segurança da cannabis no tratamento da acne. Atualmente, encontra-se em andamento um ensaio clínico de fase 2 para avaliar um creme contendo CBD a 5% (BTX1503) especificamente formulado para o tratamento da acne. No entanto, os resultados deste estudo ainda não foram divulgados.7

Conclusão

A relação entre cannabis e acne ainda é um campo emergente da ciência dermatológica, mas as evidências atuais sugerem que fitocanabinoides como o CBD apresentam potencial terapêutico significativo. Suas propriedades anti-inflamatórias, moduladoras da produção sebácea e antimicrobianas demonstram efeitos promissores no controle da acne, especialmente através da interação com o sistema endocanabinoide na pele.

O uso de canabinoides no cuidado com a pele representa um avanço significativo, viabilizando tratamentos inovadores que respeitam a fisiologia cutânea e reduzem efeitos adversos, promovendo uma abordagem mais precisa e funcional na dermatologia. No entanto, apesar dos progressos na compreensão de seus mecanismos moleculares, ainda são necessárias mais investigações clínicas para confirmar sua eficácia e elucidar os mecanismos de ação dos canabinoides nas condições clínicas dermatológicas.

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Referências

  1. KUTLU, Ömer; KARADAĞ, Ayşe Serap; WOLLINA, Uwe. Acne no adulto versus acne no adolescente: revisão narrativa com foco na epidemiologia e no tratamento. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 97, n. 6, p. 757-769, 2022. DOI: 10.1016/j.abdp.2022.10.005.
  2. MONTAGNER, Patrícia; DE SALAS-QUIROGA, Adán. Tratado de Medicina Endocanabinoide.1. ed. WeCann Endocannabinoid Global Academy, 2023.
  3. Yoo, E.H.; Lee, J.H. Canabinóides e seus receptores em doenças de pele. Int. J. Mol. Sci. 2023, 24, 16523. https://doi.org/10.3390/ijms242216523
  4. Cohen, G., Jakus, J., Baroud, S., Gvirtz, R. & Rozenblat, S. Development of an Effective Acne Treatment Based on CBD and Herbal Extracts: Preliminary In Vitro, Ex Vivo, and Clinical Evaluation. Evid. Based Complement. Alternat. Med. 2023, 1-8 (2023).
  5. Ali, A.; Akhtar, N. The safety and efficacy of 3% Cannabis seeds extract cream for reduction of human cheek skin sebum and erythema content. Pak. J. Pharm. Sci. 2015, 28, 1389–1395
  6. Palmieri B, Laurino C, Vadalà M. A therapeutic effect of cbd-enriched ointment in inflammatory skin diseases and cutaneous scars. Clin Ter. 2019 Mar-Apr;170(2):e93-e99. doi: 10.7417/CT.2019.2116. PMID: 30993303.
  7. Botanix Pharmaceuticals . ASX/Media Release: BTX 1503 Acne Phase 2 Study Results Presentation. Botanix Pharmaceuticals; Philadelphia, PA, USA: Syndey, Australia: 2019. [(accessed on 9 September 2021)].

 

Esse texto foi elaborado pelo time de experts da WeCann, baseado nas evidências científicas partilhadas nas referências e, amparado na ampla experiência prescritiva dos profissionais.

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