Como os canabinoides podem ajudar no controle de peso?

Publicado em 10/04/25 | Atualizado em 10/04/25 Leitura: 16 minutos

CanabinoidesEndocrinológicas

A síndrome metabólica é uma condição complexa caracterizada pela coexistência de fatores como obesidade visceral, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial, aumentando o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. O sistema endocanabinoide (SEC) desempenha um papel central na regulação do metabolismo energético, influenciando a homeostase da glicose, o armazenamento de lipídios e o controle do apetite.

A crescente compreensão sobre a interação entre os canabinoides e o metabolismo sugere que a modulação do SEC pode ser uma abordagem promissora para o manejo da obesidade e dos distúrbios metabólicos. No post de hoje vamos explorar os mecanismos subjacentes ao envolvimento dos canabinoides no controle de peso, destacando seu potencial terapêutico no contexto da síndrome metabólica.

A epidemia da Obesidade

A obesidade tornou-se um dos desafios mais prementes da saúde pública global, resultado direto das mudanças no estilo de vida e nos padrões alimentares das sociedades modernas. O avanço da industrialização e da urbanização trouxe consigo uma alimentação altamente calórica, rica em açúcares e gorduras, associada à redução significativa da atividade física. Esse ambiente obesogênico impulsionou o crescimento alarmante da obesidade, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificá-la como uma epidemia.

Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, a obesidade surge, principalmente, do desequilíbrio energético entre a ingestão calórica elevada e o baixo gasto energético. Essa condição vai além da questão estética, sendo um fator central para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia e hipertensão arterial. Além disso, a obesidade está diretamente relacionada à resistência à insulina, inflamação crônica de baixo grau e alterações no metabolismo hormonal, mecanismos que perpetuam um estado disfuncional sistêmico.

Os números da obesidade cresceram exponencialmente nas últimas décadas. Em 2016, mais de 1,9 bilhão de adultos estavam com sobrepeso, dos quais 650 milhões apresentavam obesidade. Os dados são igualmente preocupantes entre crianças e adolescentes, com 340 milhões diagnosticados com excesso de peso. Em 2019, 38 milhões de crianças abaixo de 5 anos apresentavam sobrepeso ou obesidade. Esses números evidenciam que a obesidade afeta faixas etárias cada vez mais jovens, reforçando a necessidade urgente de intervenções eficazes.¹

A obesidade é mais do que uma condição de excesso de peso. Trata-se de um distúrbio metabólico e inflamatório complexo. O tecido adiposo, antes considerado apenas um reservatório energético, é hoje reconhecido como um órgão endócrino ativo, regulador da homeostase metabólica. A leptina, um hormônio anorexígeno produzido pelo tecido adiposo, tem seu funcionamento alterado na obesidade, resultando em resistência hipotalâmica e perpetuação do apetite desregulado. De forma semelhante, a insulina, essencial para a captação de glicose, enfrenta resistência na obesidade, predispondo ao diabetes tipo 2. A grelina, hormônio que sinaliza fome ao sistema nervoso central, apresenta secreção exacerbada, intensificando o ciclo de compulsão alimentar.²

O crescimento descontrolado dos adipócitos gera inflamação local, caracterizada pela infiltração de macrófagos e a produção de citocinas pró-inflamatórias, como TNF-α e IL-6. Esse processo favorece um estado de inflamação crônica de baixo grau, com repercussões sistêmicas que atingem o sistema nervoso central, promovendo neuroinflamação e comprometimento da homeostase energética. O excesso de glicose e lipídios no organismo ainda favorece a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), agravando o estresse oxidativo e os danos celulares.²

O tratamento da obesidade baseia-se inicialmente em mudanças no estilo de vida, combinando reeducação alimentar e prática regular de exercícios físicos. No entanto, para muitos indivíduos, essas estratégias não são suficientes, tornando necessária a intervenção farmacológica. Diversos medicamentos foram desenvolvidos para controle do peso, mas muitos apresentam efeitos adversos consideráveis, incluindo impactos cardiovasculares, transtornos gastrointestinais e alterações no sistema nervoso central. Em casos mais graves, a cirurgia bariátrica é uma opção, mas exige critérios rigorosos e acompanhamento a longo prazo devido ao risco de complicações pós-operatórias.²

Diante das limitações das terapias convencionais, novas abordagens terapêuticas vêm sendo exploradas, incluindo o uso de fitoterápicos e compostos bioativos naturais. Nesse contexto, os fitocanabinoides derivados da Cannabis sativa têm despertado interesse devido aos seus efeitos sobre o sistema endocanabinoide, que desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo energético, do apetite e da inflamação. Estudos sugerem que moduladores do sistema endocanabinoide podem atuar na redução da ingestão calórica, melhora da sensibilidade à insulina e redução da inflamação, posicionando-se como potenciais aliados no tratamento da obesidade.

O Sistema Endocanabinoide e o Metabolismo Energético

O sistema endocanabinoide (SEC) desempenha um papel fundamental na regulação do metabolismo energético, influenciando o comportamento alimentar, a homeostase glicêmica e a distribuição de energia no organismo. Suas ações são mediadas principalmente pelos receptores canabinoides tipo 1 (CB1) e tipo 2 (CB2), além de ligantes endógenos como a anandamida (AEA) e o 2-araquidonoilglicerol (2-AG). A interação do SEC com diversos sistemas fisiológicos tem implicações relevantes no desenvolvimento de condições metabólicas, tornando-se um alvo promissor para intervenções terapêuticas.

Os receptores CB1 estão amplamente distribuídos em áreas cerebrais envolvidas no controle da fome e saciedade, como o hipotálamo e o sistema mesolímbico de recompensa. A ativação desses receptores por endocanabinoides estimula o apetite e influencia os aspectos hedônicos da alimentação, aumentando a motivação para o consumo de alimentos ricos em gordura e carboidratos.³

Além disso, o SEC interage com hormônios metabólicos essenciais, como a leptina e a grelina. Enquanto a leptina atua na supressão do apetite, a grelina estimula a fome, e o SEC modula essa dinâmica, podendo impactar o balanço energético e quando desregulado, contribuir para distúrbios como a obesidade.³

A imagem representa os principais órgãos envolvidos na regulação do metabolismo energético e nos efeitos funcionais da ativação do SEC. Observe que, em cada órgão, a ativação do SEC permite acumular reserva energética. As setas indicam aumento ou diminuição, enquanto os pontos de interrogação indicam que são necessárias mais pesquisas. Fonte:  MONTAGNER, Patrícia; DE SALAS-QUIROGA, Adán. Tratado de Medicina Endocanabinoide.1. ed. WeCann Endocannabinoid Global Academy, 2023.
A imagem representa os principais órgãos envolvidos na regulação do metabolismo energético e nos efeitos funcionais da ativação do SEC. Observe que, em cada órgão, a ativação do SEC permite acumular reserva energética. As setas indicam aumento ou diminuição, enquanto os pontos de interrogação indicam que são necessárias mais pesquisas. Fonte:  MONTAGNER, Patrícia; DE SALAS-QUIROGA, Adán. Tratado de Medicina Endocanabinoide.1. ed. WeCann Endocannabinoid Global Academy, 2023.

A ativação do SEC também modula o metabolismo lipídico, particularmente pela sinalização dos receptores CB1 no fígado e no tecido adiposo. No fígado, a ativação do CB1 estimula a lipogênese, favorecendo o acúmulo de gordura e contribuindo para o desenvolvimento de esteatose hepática. No tecido adiposo, o SEC influencia a diferenciação e o armazenamento lipídico, além de estar envolvido no processo de escurecimento dos adipócitos brancos — uma conversão para adipócitos bege com maior capacidade de termogênese. ³

A alimentação exerce um impacto significativo sobre o SEC. Dietas ricas em gorduras aumentam os níveis plasmáticos de endocanabinoides, exacerbando a hiperfagia e a resistência à insulina. Em contrapartida, padrões alimentares saudáveis, como a dieta mediterrânea, têm sido associados à redução dos níveis circulantes de anandamida e ao aumento da oleoiletanolamida, promovendo efeitos anorexígenos e melhorando o metabolismo energético.³

Em suma, o SEC desempenha um papel central na regulação do metabolismo energético, influenciando a ingestão alimentar, o armazenamento de gordura e a homeostase glicêmica. Sua desregulação está fortemente implicada na obesidade, diabetes e síndrome metabólica, tornando-o um alvo promissor para intervenções terapêuticas. 

O papel dos canabinoides na perda de peso

A regulação do peso corporal envolve um equilíbrio complexo entre ingestão calórica, metabolismo energético e sinalização endócrina. Os canabinoides interagem com o sistema endocanabinoide, um regulador central da homeostase metabólica, exercendo efeitos diferenciados sobre o apetite, a lipogênese e a sensibilidade à insulina. Dentre os fitocanabinoides mais estudados, Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC), Δ9-tetrahidrocanabivarina (Δ9-THCV), canabinol (CBN), canabidivarina (CBDV), canabigerol (CBG), canabicromeno (CBC) e canabidiol (CBD) apresentam perfis distintos de interação com o SEC e outros alvos moleculares, podendo influenciar a regulação do peso corporal e do metabolismo energético.

Δ9-THC

O Δ9-THC é um agonista parcial dos receptores CB1 e CB2, cujos efeitos metabólicos são mediados principalmente pelo SNC e tecidos periféricos. A ativação do CB1 no hipotálamo está associada ao aumento da ingestão alimentar, enquanto sua interação com regiões límbicas potencializa a motivação para o consumo de alimentos altamente palatáveis.4

Entretanto, dados experimentais indicam que a administração crônica de Δ9-THC pode paradoxalmente impedir o ganho de peso em modelos de obesidade induzida por dieta (DIO). Um estudo demonstrou que camundongos obesos tratados com Δ9-THC apresentaram menor consumo calórico e redução do ganho de peso, um fenômeno que pode estar relacionado à sua ação como agonista parcial do CB1, antagonizando o efeito da anandamida em condições de tônus endocanabinoide elevado, como acontece na obesidade. Além disso, o Δ9-THC demonstrou modular positivamente a captação de glicose e reduzir a inflamação nos adipócitos, favorecendo a sensibilidade à insulina.4

Para saber mais sobre outros benefícios terapêuticos do Δ9-THC clique aqui: THC: Benefícios e usos medicinais desse componente da cannabis

Δ9-THCV

A Δ9-tetrahidrocanabivarina (Δ9-THCV) tem emergido como um potencial candidato para a modulação do metabolismo. Em baixas doses, atua como antagonista neutro do receptor CB1, podendo reduzir a ingestão alimentar e melhorar o metabolismo da glicose. Estudos em modelos animais demonstraram que a Δ9-THCV aumenta a sensibilidade à insulina e reduz a adiposidade sem afetar significativamente o peso corporal, sugerindo um efeito metabólico independente da restrição calórica. Em ensaios clínicos preliminares, pacientes com diabetes tipo 2 tratados com Δ9-THCV apresentaram melhora na glicemia de jejum e aumento dos níveis de adiponectina, um hormônio com propriedades anti-inflamatórias e sensibilizadoras da insulina.4

Canabidiol (CBD) 

O canabidiol (CBD) tem se destacado por seus efeitos no organismo, incluindo propriedades anti-inflamatórias, neuroprotetoras e moduladoras do metabolismo energético. Diferentemente do Δ9-THC, o CBD apresenta baixa afinidade pelos receptores CB1 e CB2, mas modula indiretamente o SEC ao inibir a enzima FAAH, responsável pela degradação da anandamida. Estudos demonstram que o CBD pode reduzir a lipogênese e aumentar a termogênese ao interagir com os receptores TRPV1 e PPARγ.4

Além disso, o CBD parece promover o “browning” dos adipócitos brancos, um processo no qual células de gordura branca (armazenadora de energia) adquirem características de gordura marrom (mais termogênica). Esse efeito pode contribuir para o aumento do gasto energético e a redução da obesidade. Além disso, evidências sugerem que o CBD melhora a sensibilidade à insulina e reduz a inflamação crônica associada à obesidade, tornando-se um candidato promissor para o tratamento de distúrbios metabólicos.4

Para descobrir outros mecanismos de ação e propriedades terapêuticas do CBD, clique aqui: Tudo que você precisa saber sobre o Canabidiol: Guia Completo

Canabinol (CBN)

O CBN é um metabólito oxidado do Δ9-THC e apresenta um leve efeito agonista sobre o CB1. Estudos preliminares indicam que ele pode aumentar a ingestão alimentar, sugerindo um efeito hiperfágico. Esse perfil pode ser útil no manejo de condições como anorexia e caquexia, mas desfavorável para indivíduos com obesidade. Porém, demonstrou aumentar a ingestão alimentar em modelos animais de maneira dose-dependente. No entanto, sua influência sobre o metabolismo lipídico ainda não foi completamente elucidada.4

Canabigerol (CBG) 

O CBG tem se mostrado um estimulante do apetite sem os efeitos psicotrópicos do Δ9-THC. Seu impacto em doenças metabólicas ainda carece de investigações mais aprofundadas, mas sua interação com receptores α2-adrenérgicos e serotonérgicos sugere um papel potencial na regulação do metabolismo energético.4

Canabidivarina (CBDV) 

A CBDV é um análogo propílico do CBD e compartilha muitas de suas propriedades farmacológicas. Estudos sugerem que esse canabinoide pode influenciar a homeostase glicêmica e lipídica ao modular os receptores TRPV e GPR55. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para determinar seu impacto no metabolismo energético e na regulação do peso corporal.4

Representação do impacto dos canabinoides na regulação do peso e metabolismo.
Representação do impacto dos canabinoides na regulação do peso e metabolismo.

Evidências científicas

Um estudo importante realizado por Chia et al. (2017) examinou o impacto do polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) durante o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) em participantes obesos. Eles observaram que os níveis de GIP eram significativamente mais altos no grupo de indivíduos obesos em comparação com os magros, indicando que a secreção desse peptídeo está alterada na obesidade. Quando a nabilona, um agonista do SEC, foi administrada, os níveis de GIP aumentaram substancialmente, sugerindo que a modulação do SEC pode influenciar a secreção de GIP, com implicações potenciais para a obesidade.5

Em outro estudo, Lopez et al. (2020) avaliaram o efeito do CBD em 65 adultos com sobrepeso. Os participantes que receberam 60 mg de extrato de cânhamo contendo 15 mg de CBD apresentaram uma melhoria no perfil lipídico, incluindo o aumento do colesterol HDL, além de melhorias na percepção do sono e na qualidade de vida. O estudo concluiu que o CBD pode ser benéfico para o manejo de fatores de risco metabólicos, sem apresentar efeitos adversos significativos, o que reforça a ideia de que o CBD pode ter um papel importante na gestão da obesidade e de doenças associadas.6

A utilização de anticorpos que atuam sobre o receptor CB1, como o Dietressa, também tem sido explorada no tratamento da obesidade. Demidova et al. (2021) realizaram um ensaio clínico com 495 participantes, onde o Dietressa foi administrado por 24 semanas. O estudo revelou que mais de 50% dos pacientes tratados com o anticorpo Dietressa alcançaram uma redução de pelo menos 5% do peso corporal, o que foi acompanhado de melhorias significativas na saúde física e mental dos pacientes, sem efeitos adversos importantes. Esse achado sugere que a modulação do receptor CB1 pode ser uma abordagem eficaz para o tratamento da obesidade, sem os efeitos colaterais comuns de outras terapias.7

Um estudo controlado por placebo, realizado por Gregory L. Smith (2025), investigou a eficácia de dois fitocanabinoides, THCV e CBD, no tratamento da síndrome metabólica. O estudo envolveu 44 indivíduos com idade média de 51,75 anos, divididos em grupos que receberam doses de 8 mg de THCV e 10 mg de CBD ou 16 mg de THCV e 20 mg de CBD, administrados por meio de tiras orais mucoadesivas durante 90 dias.8

Os resultados mostraram que a combinação THCV/CBD levou a uma perda de peso estatisticamente significativa, redução na circunferência abdominal, pressão arterial sistólica e níveis de colesterol total e LDL, sendo a dose mais alta superior em comparação com a dose baixa e o placebo. A dose de 16 mg de THCV/20 mg de CBD demonstrou eficácia superior na perda de peso, reforçando a ideia de que a modulação do sistema endocanabinoide pode ser benéfica para o manejo da síndrome metabólica.8

Conclusão

A crescente evidência científica sobre a interação dos canabinoides com o sistema endocanabinoide abre portas para novas abordagens terapêuticas no manejo da obesidade e distúrbios metabólicos. A modulação desse sistema não só impacta o apetite, mas também promove a melhoria da sensibilidade à insulina e a redução da inflamação, fatores essenciais para o controle do peso e a prevenção de complicações associadas à síndrome metabólica.

Embora o uso de canabinoides para o controle de peso seja promissor, é fundamental que mais pesquisas sejam conduzidas para compreender completamente seus efeitos e seus mecanismos de ação. Nesse contexto, a WeCann destaca-se como uma parceira essencial da comunidade médica, oferecendo suporte na tomada de decisões clínicas baseadas em ciência. 

Através de recursos técnicos, como o Tratado de Medicina Endocanabinoide, a instituição capacita os médicos a explorar o potencial terapêutico dos canabinoides no manejo de distúrbios metabólicos e diversas outras condições clínicas. Essa abordagem promove uma compreensão abrangente e baseada em evidências das aplicações seguras e eficazes da cannabis medicinal, permitindo que os médicos integrem essas terapêuticas de maneira ética, responsável e alinhada às descobertas científicas mais recentes.

Referências

  1. World Health Organization. Obesity and overweight. April 1, 2020. Accessed June 12, 2020. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/obesity-and-overweight
  2. Cavalheiro, Eulla Keimili Fernandes Ferreira et al. “Cannabis sativa as a Treatment for Obesity: From Anti-Inflammatory Indirect Support to a Promising Metabolic Re-Establishment Target.” Cannabis and cannabinoid research vol. 7,2 (2022): 135-151. doi:10.1089/can.2021.0016
  3. MONTAGNER, Patrícia; DE SALAS-QUIROGA, Adán. Tratado de Medicina Endocanabinoide.1. ed. WeCann Endocannabinoid Global Academy, 2023.
  4. BIELAWIEC, Patrycja; HARASIM-SYMBOR, Ewa; CHABOWSKI, Adrian. Phytocannabinoids: useful drugs for the treatment of obesity? Special focus on cannabidiol. Frontiers in Endocrinology, v. 11, 2020. Disponível em: https://www.frontiersin.org/journals/endocrinology/articles/10.3389/fendo.2020.00114. DOI: 10.3389/fendo.2020.00114. 
  5. Chia, C. W. et al. Incretin secretion in humans is under the influence of cannabinoid receptors. Am. J. Pbysiol.-Endocrinol. Metab. 313, E359-E366 (2017).
  6. Lopez, H. L. et al. Effects of Hemp Extract on Markers of Wellness, Stress Resilience, Recovery and Clinical Biomarkers of Safety in Overweight, But Otherwise Healthy Subjects.J. Diet. Suppl. 17 561-586 (2020).
  7. Demidova, T. Y, Krasiľnikova, E I, Vorob’ev, S. V., Morugova T.V. &, Adasheva, T.V. The use of drug based on technologically processed antibodies to endocannabinoid receptor type 1 in the treatment of obesity in adults: results of a multicenter double blind placebo controlled randomized clinical trial Ter:. Arkb, 93, 904-915 (2021).
  8. Smith, Gregory L. Cannabis. 2025. Volume 8, Issue 1, p. 1-15. NeX Therapeutics, St. Petersburg, FL. DOI: 10.26828/cannabis/2024/000206. Disponível em: researchmj.org.

Esse texto foi elaborado pelo time de experts da WeCann, baseado nas evidências científicas partilhadas nas referências e, amparado na ampla experiência prescritiva dos profissionais.

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