As doenças reumáticas englobam um vasto grupo de condições inflamatórias crônicas que afetam articulações, tendões, ligamentos, músculos e ossos, comprometendo significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Dentre as mais comuns, destacam-se a osteoartrite (OA), a artrite reumatoide (AR), a fibromialgia, o lúpus eritematoso sistêmico (LES), a espondilite anquilosante e a gota. Essas condições, frequentemente acompanhadas por dor persistente, rigidez, edema e limitação funcional, representam desafios clínicos devido à eficácia limitada das terapias convencionais.
Nesse cenário, os canabinoides têm ganhado destaque como potenciais agentes terapêuticos, oferecendo novas perspectivas no manejo dessas doenças. Neste post, vamos explorar como os canabinoides podem ser utilizados no tratamento das doenças reumáticas, seus benefícios e as evidências científicas que sustentam seu uso.
Canabinoides
Os canabinoides são compostos químicos que interagem com o sistema endocanabinoide (SEC), um sistema de sinalização crucial presente em organismos humanos e animais. Este sistema é formado por receptores (CB1 e CB2), ligantes endógenos (os endocanabinoides) e enzimas responsáveis pela síntese e degradação desses ligantes. A principal função do SEC é a manutenção da homeostase, regulando processos fisiológicos como dor, inflamação, humor, apetite, memória, sono, imunidade, e até mesmo a resposta ao estresse.
Os canabinoides podem ser classificados em três categorias principais, com base em sua origem e natureza:
- Endocanabinoides:
Os endocanabinoides são moléculas lipídicas produzidas naturalmente pelo organismo. Os dois principais são a anandamida (AEA) e o 2-araquidonoilglicerol (2-AG). Eles atuam como neurotransmissores e são sintetizados sob demanda, ou seja, são produzidos apenas quando necessários, ao contrário de outros mensageiros químicos que são armazenados previamente. Sua função é ativar os receptores canabinoides, promovendo respostas locais para regular funções como modulação da dor, controle da inflamação e equilíbrio emocional. - Fitocanabinoides:
Os fitocanabinoides são compostos naturais encontrados exclusivamente na planta Cannabis sativa. Mais de 100 fitocanabinoides já foram identificados, sendo os mais conhecidos o tetraidrocanabinol (THC), responsável pelos efeitos psicotrópicos da cannabis, e o canabidiol (CBD), que possui propriedades terapêuticas, como anti-inflamatória, analgésica e ansiolítica, sem causar os efeitos psicomiméticos do THC. Outros fitocanabinoides incluem o cannabigerol (CBG), o cannabinol (CBN) e o tetrahidrocanabivarina (THCV), cada um com características e efeitos específicos. - Canabinoides sintéticos:
São compostos criados em laboratório para imitar, modificar ou potencializar os efeitos dos endocanabinoides e fitocanabinoides. Esses compostos têm sido amplamente utilizados para fins medicinais e de pesquisa. Alguns exemplos incluem o dronabinol e a nabilona, empregados no tratamento de náuseas e vômitos associados à quimioterapia, e o nabiximols, um extrato padronizado de cannabis usado para tratar espasticidade em pacientes com esclerose múltipla.
Os canabinoides interagem com receptores do SEC, principalmente os CB1 (localizados no sistema nervoso central e na maioria dos tecidos periféricos) e os CB2 (encontrados principalmente em células do sistema imunológico e tecidos periféricos). Essa interação desencadeia uma série de respostas fisiológicas e bioquímicas, que dependem do tipo de receptor ativado e do tecido-alvo envolvido.
Além dos receptores canabinoides clássicos, os canabinoides interagem com diversos alvos moleculares alternativos. Destaca-se o receptor GPR55, um receptor órfão acoplado à proteína G que exerce função determinante na modulação da excitabilidade neuronal. O GPR55 está significativamente implicado na fisiopatologia da epilepsia, e o CBD demonstra potente atividade como antagonista deste receptor, mecanismo que contribui substancialmente para seus efeitos anticonvulsivantes clinicamente observados.
Os canabinoides também atuam sobre os receptores TRPV1 (vaniloides), cruciais na sinalização da dor e processos inflamatórios; os receptores nucleares PPARs, que regulam o metabolismo lipídico, diferenciação celular e resposta inflamatória; bem como diversos canais iônicos e receptores serotoninérgicos, ampliando significativamente seu espectro de efeitos terapêuticos.
Dessa forma, os canabinoides representam um campo amplo e diversificado na biologia e na medicina, com implicações que vão desde a regulação de funções básicas do organismo até o desenvolvimento de novas terapias para uma série de patologias. A definição de canabinoides, portanto, abrange um conjunto de compostos que possuem potencial terapêutico significativo e mecanismos de ação complexos e integrados.
Para saber mais sobre os Fitocanabinoides acesse: Principais Fitocanabinoides e seus efeitos no organismo
Doenças Reumáticas
As doenças reumáticas são um grupo heterogêneo de condições inflamatórias, autoimunes e degenerativas que afetam principalmente o sistema musculoesquelético, mas que também podem comprometer outros órgãos e sistemas do corpo. Entre as mais prevalentes estão a osteoartrite, artrite reumatoide, fibromialgia, lúpus eritematoso sistêmico, espondilite anquilosante e gota.
O quadro clínico frequentemente se estende além do componente musculoesquelético, apresentando manifestações sistêmicas como fadiga profunda, episódios febris, distúrbios do ciclo sono-vigília e comprometimento orgânico variável, dependendo da patologia específica.¹ Notavelmente, estas condições estão intimamente associadas a comorbidades psiquiátricas, sendo a ansiedade e a depressão particularmente prevalentes entre pacientes reumáticos – evidenciando a complexa interação entre dor crônica, inflamação sistêmica e saúde mental, e ressaltando a necessidade de uma abordagem terapêutica integrada que contemple tanto os aspectos físicos quanto psicológicos destas doenças.¹
O manejo dessas doenças é um desafio constante na prática clínica. As terapias convencionais frequentemente incluem o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), corticoides, imunossupressores e medicamentos modificadores do curso da doença, tanto sintéticos quanto biológicos. Embora essas abordagens possam ser eficazes na redução da inflamação e no alívio da dor, elas apresentam limitações significativas. Muitos pacientes não respondem adequadamente aos tratamentos disponíveis, ou experimentam alívio apenas parcial dos sintomas.¹
Além disso, o uso prolongado dessas terapias está associado a uma série de efeitos colaterais, como danos gastrointestinais, disfunções hepáticas e renais, risco aumentado de infecções, alterações metabólicas e complicações cardiovasculares. Essa combinação de eficácia limitada e toxicidade torna necessária a busca por alternativas terapêuticas mais seguras e eficazes.²
Nesse cenário, os canabinoides têm se destacado como uma alternativa promissora para o tratamento das doenças reumáticas. Estudos pré-clínicos e clínicos sugerem que os canabinoides podem modular a dor crônica e a inflamação nas articulações, além de proteger contra a degradação da cartilagem ao suprimir a produção de enzimas catabólicas, como as metaloproteinases de matriz. Além disso, os canabinoides têm mostrado potencial na regulação da resposta imunológica, promovendo a geração de células imunológicas anti-inflamatórias, como as células T reguladoras, e atenuando a infiltração de células inflamatórias nas articulações.
Além disso, os canabinoides apresentam um perfil de segurança favorável em comparação com muitas terapias convencionais. Embora possam ocorrer efeitos adversos, como sonolência, tontura e boca seca, esses efeitos são geralmente leves e transitórios. Isso contrasta com os riscos graves associados ao uso prolongado de AINEs, corticoides e imunossupressores.
As limitações das terapias convencionais para doenças reumáticas, aliadas aos seus efeitos colaterais significativos, reforçam a necessidade de explorar novas abordagens terapêuticas. Os canabinoides, com sua capacidade de modular mecanismos fundamentais envolvidos na dor, inflamação e resposta imunológica, surgem como uma alternativa promissora. As evidências atuais indicam que esses compostos podem desempenhar um papel importante no manejo das doenças reumáticas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
O papel do sistema endocanabinoide nas doenças reumáticas
O sistema endocanabinoide desempenha um papel central na regulação de diversos processos fisiológicos, incluindo a modulação da dor, inflamação e resposta imunológica, aspectos fundamentais no contexto das doenças reumáticas. Esse sistema é composto por receptores canabinoides, endocanabinoides como a anandamida e o 2-araquidonoilglicerol, além de enzimas responsáveis pela síntese e degradação dessas moléculas, como a FAAH (hidrolase de amida de ácido graxo) e a MAGL (lipase monoacilglicerol).¹
Nas doenças reumáticas, o SEC desempenha um papel compensatório na redução da inflamação e modulação da dor articular, tornando-se um alvo de crescente interesse para novas abordagens terapêuticas. Além disso, o SEC também promove funções anabólicas em osso, músculo e cartilagem, contribuindo para a manutenção da integridade tecidual e potencializando sua relevância no tratamento dessas condições. Estudos têm demonstrado que, em condições inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide e a osteoartrite, há uma regulação diferencial dos receptores canabinoides e dos níveis de endocanabinoides, sugerindo um envolvimento direto desse sistema na patogênese dessas doenças.
O receptor CB1 é amplamente expresso no sistema nervoso central e periférico, desempenhando um papel crucial na modulação da percepção da dor. Já o receptor CB2 é predominantemente encontrado em células do sistema imunológico, como macrófagos, monócitos e linfócitos, e sua ativação está associada a efeitos anti-inflamatórios significativos. Em modelos pré-clínicos de artrite, a ativação seletiva do CB2 demonstrou reduzir a infiltração de células inflamatórias nas articulações, suprimir a produção de citocinas pró-inflamatórias, como TNF-α e IL-6, e diminuir os danos articulares.¹
Além disso, os endocanabinoides, como a AEA e o 2-AG, exercem efeitos imunomoduladores por meio de interações diretas e indiretas com os receptores canabinoides. Essas moléculas também são capazes de modular outros alvos, como os receptores TRPV1 (transient receptor potential vanilloid 1), que estão envolvidos na sensibilização da dor, e os receptores PPARs (receptores ativados por proliferadores de peroxissoma), que possuem propriedades anti-inflamatórias.¹
Nas doenças reumáticas, como o lúpus eritematoso sistêmico e a espondilite anquilosante, o SEC pode atuar como um regulador-chave da resposta imunológica exacerbada, promovendo um equilíbrio entre a imunidade inata e adaptativa. Isso ocorre por meio da modulação da atividade de células T, reduzindo a proliferação de células T efetoras pró-inflamatórias e favorecendo a expansão de células T reguladoras, que desempenham um papel essencial no controle da autoimunidade.¹
Além do impacto na inflamação, o SEC também está associado à proteção estrutural das articulações. Em condições degenerativas, como a osteoartrite, os canabinoides mostraram potencial para inibir a atividade de enzimas degradativas, como as metaloproteinases de matriz (MMPs), que contribuem para a destruição da cartilagem. A ativação do CB2 tem sido correlacionada à preservação da integridade articular, destacando o papel protetor do SEC.¹
Embora as terapias convencionais para doenças reumáticas frequentemente não proporcionem um controle satisfatório dos sintomas, os canabinoides representam uma abordagem inovadora ao atuar diretamente no SEC. Eles modulam não apenas os processos inflamatórios e os mecanismos de dor, mas também uma ampla gama de sintomas e comorbidades associadas, como ansiedade e depressão, ampliando seu potencial terapêutico nessas condições.
Portanto, o papel do sistema endocanabinoide nas doenças reumáticas é de grande relevância, não apenas na compreensão dos mecanismos fisiopatológicos dessas condições, mas também no desenvolvimento de terapias direcionadas que ofereçam uma alternativa segura e eficaz para os pacientes que convivem com essas doenças debilitantes.
Evidências científicas
A eficácia da cannabis medicinal no manejo de doenças reumáticas tem sido respaldada por estudos recentes que destacam resultados promissores. Um exemplo marcante é o estudo prospectivo conduzido por Sagy et al., que acompanhou 367 pacientes com fibromialgia em Israel ao longo de seis meses. Os resultados evidenciaram que 81,1% dos pacientes obtiveram uma resposta positiva ao tratamento, com uma redução significativa na intensidade da dor, que passou de uma mediana de 9 para 5 em uma escala numérica de 0 a 10. Esses dados reforçam o potencial da cannabis medicinal como uma alternativa eficaz para o alívio da dor crônica em pacientes com fibromialgia.³
Outra contribuição relevante na literatura foi apresentada por Habib e Artul, que realizaram uma revisão retrospectiva com 26 pacientes tratados com cannabis medicinal. Utilizando o Questionário de Impacto da Fibromialgia, os pesquisadores observaram melhorias significativas em todos os itens avaliados após uma média de 10,4 meses de tratamento, com uma dose média de 26 g de cannabis por mês. Notavelmente, metade dos pacientes conseguiu interromper o uso de outras terapias médicas para fibromialgia, demonstrando a potencial capacidade da cannabis de substituir tratamentos convencionais em determinados casos. Os efeitos adversos foram leves, sendo relatados por 30% dos participantes, o que reforça o perfil de segurança aceitável do uso da cannabis medicinal nessa população específica.4
Estudos recentes têm demonstrado que os canabinoides podem desempenhar um papel relevante na abordagem da artrite reumatoide, tanto no manejo da dor quanto na modulação de processos inflamatórios. Evidências preliminares em tecidos sinoviais de pacientes com AR indicam que os canabinoides possuem a capacidade de inibir a produção de citocinas pró-inflamatórias, reduzindo a atividade inflamatória local. Esses resultados são especialmente promissores, pois apontam para um possível impacto direto dessas substâncias nos mecanismos patológicos que contribuem para a destruição articular e a progressão da doença.5
Um estudo recente investigou o potencial terapêutico do canabidiol tópico para o tratamento da dor associada à artrite da articulação basal do polegar. O ensaio clínico, realizado em duas fases, iniciou com um teste cutâneo de fase 1 em 10 participantes saudáveis, utilizando CBD tópico (6,2 mg/mL) com manteiga de karité. Após a ausência de eventos adversos, foi realizado um estudo controlado randomizado duplo-cego de fase 2 com 18 participantes diagnosticados com artrite sintomática. Durante o estudo, os participantes foram tratados com CBD ou com manteiga de karité sozinha.6
Os resultados mostraram melhorias significativas nos sintomas, incluindo redução da dor na Escala Visual Analógica, deficiências no braço, ombro e mão, e melhorias nas pontuações de avaliação numérica de dor, em comparação com o grupo de controle. Embora não tenha havido diferenças significativas nos parâmetros físicos, como amplitude de movimento, preensão e força de pinça, o tratamento com CBD demonstrou benefícios clínicos importantes para os pacientes, sem eventos adversos, evidenciando o potencial do canabidiol tópico como uma opção terapêutica segura e eficaz para a dor associada à artrite da articulação basal do polegar.6
Modelos animais fornecem um suporte adicional a esse potencial terapêutico. Pesquisas realizadas em camundongos com artrite induzida por colágeno demonstraram que diferentes canabinoides, como o CBD, JWH-133 e HU-308, podem promover benefícios clínicos relevantes. O CBD foi capaz de reduzir a liberação de citocinas inflamatórias e a proliferação de linfócitos, indicando um efeito imunomodulador importante.7
Já o JWH-133 mostrou diminuir os níveis séricos de anticorpos e citocinas, além de reduzir a destruição óssea, o que destaca seu potencial no controle das alterações estruturais da AR. Por sua vez, o HU-308 apresentou efeitos significativos na diminuição do inchaço articular e na proteção das articulações contra danos, bem como na redução da inflamação sinovial. Esses achados sugerem que os canabinoides podem não apenas aliviar os sintomas da doença, mas também interferir nos processos biológicos que contribuem para sua progressão.8,9
Além do impacto nos processos inflamatórios, o potencial analgésico dos canabinoides também tem sido avaliado em estudos clínicos. Uma pesquisa comparativa entre um medicamento à base de cannabis e placebo mostrou que os pacientes tratados com cannabis apresentaram melhorias significativas na intensidade da dor e na qualidade do sono. O estudo também evidenciou que os eventos adversos associados ao tratamento foram majoritariamente leves ou moderados, sem a ocorrência de efeitos colaterais graves, reforçando a segurança do uso desses compostos no manejo da AR.10
Esses estudos destacam não apenas a eficácia dos canabinoides no alívio da dor e na melhora da qualidade de vida, mas também sugerem sua capacidade de reduzir a dependência de outros medicamentos, o que pode representar um avanço significativo no manejo das doenças reumáticas.
Para saber mais sobre o uso de canabinoides na Artrite Reumatoide acesse: Como o canabidiol e outros canabinoides podem ajudar na gestão da Artrite Reumatoide? – WeCann Academy
Conclusão
Os canabinoides surgem como uma alternativa promissora no manejo de doenças reumáticas, oferecendo benefícios na redução da dor, inflamação e progressão articular. Embora ainda sejam necessárias mais pesquisas para consolidar sua eficácia e segurança a longo prazo, os estudos existentes apontam para seu potencial terapêutico, principalmente em casos refratários às terapias convencionais. Dessa forma, os canabinoides representam um potencial inovador no tratamento de condições inflamatórias crônicas, contribuindo para uma melhor qualidade de vida dos pacientes.
Nesse contexto, a WeCann, a maior comunidade online do mundo dedicada à medicina endocanabinoide, emerge como uma referência indispensável para médicos que tratam doenças reumáticas. Condições como artrite reumatoide, osteoartrite e lúpus frequentemente desafiam os profissionais com sintomas debilitantes, como dor crônica e inflamação. Na WeCann, os médicos encontram uma plataforma colaborativa que reúne informações baseadas em evidências científicas sobre o uso de canabinoides como opções terapêuticas promissoras. A troca de experiências entre especialistas permite a análise de casos complexos e o desenvolvimento de estratégias personalizadas, maximizando o potencial dos tratamentos com canabinoides e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Além da troca de conhecimentos, a WeCann oferece uma abordagem prática e educativa para capacitar os médicos a integrar a medicina endocanabinoide em suas práticas clínicas. Cursos, conferências online e discussões como as “WeCann Talks” abordam os mecanismos de ação dos canabinoides, suas interações com o sistema imunológico e os mais recentes avanços nos tratamentos de doenças reumáticas. A possibilidade de acessar essas ferramentas em um aplicativo facilita a atualização constante, independentemente da localização do médico. Assim, a WeCann não apenas conecta profissionais de diversas especialidades, mas também contribui ativamente para o desenvolvimento de terapias inovadoras e eficazes para doenças reumáticas.
Referências
- MONTAGNER, Patrícia; DE SALAS-QUIROGA, Adán. Tratado de Medicina Endocanabinoide.1. ed. WeCann Endocannabinoid Global Academy, 2023.
- Batlouni M. Anti-inflamatórios não esteroides: Efeitos cardiovasculares, cérebro-vasculares e renais. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2010Apr;94(4):556–63. Available from: https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010000400019
- Sagy I, Bar-Lev Schleider L, Abu-Shakra M, Novack V. Safety and efficacy of medical cannabis in fibromyalgia. J Clin Med. 2019;8:807. doi: 10.3390/jcm8060807.
- Habib G, Artul S. Medical cannabis for the treatment of fibromyalgia. J Clin Rheumatol. 2018;24:255–8. doi: 10.1097/rhu.0000000000000702
- Lowin T, Pongratz G, Straub RH. The synthetic cannabinoid WIN55,212-2 mesylate decreases the production of inflammatory mediators in rheumatoid arthritis synovial fibroblasts by activating CB2, TRPV1, TRPA1 and yet unidentified receptor targets. J Inflamm (Lond) 2016;13:15. doi: 10.1186/s12950-016-0114-7
- Heineman JT, Forster GL, Stephens KL, Cottler PS, Timko MP, DeGeorge BR Jr. A Randomized Controlled Trial of Topical Cannabidiol for the Treatment of Thumb Basal Joint Arthritis. J Hand Surg Am. 2022 Jul;47(7):611-620. doi: 10.1016/j.jhsa.2022.03.002. Epub 2022 May 28. PMID: 35637038.
- Malfait AM, Gallily R, Sumariwalla PF, et al. The nonpsychoactive cannabis constituent cannabidiol is an oral anti-arthritic therapeutic in murine collagen-induced arthritis. Proc Natl Acad Sci U S A. 2000;97:9561–6. doi: 10.1073/pnas.160105897.
- Fukuda S, Kohsaka H, Takayasu A, et al. Cannabinoid receptor 2 as a potential therapeutic target in rheumatoid arthritis. BMC Musculoskelet Disord. 2014;15:275. doi: 10.1186/1471-2474-15-275.
- Gui H, Liu X, Liu L-R, Su D-F, Dai SM. Activation of cannabinoid receptor 2 attenuates synovitis and joint distruction in collagen-induced arthritis. Immunobiology. 2015;220:817–22. doi: 10.1016/j.imbio.2014.12.012.
- Blake DR, Robson P, Ho M, Jubb RW, McCabe CS. Preliminary assessment of the efficacy, tolerability and safety of a cannabis-based medicine (Sativex) in the treatment of pain caused by rheumatoid arthritis. Rheumatology (Oxford) 2006;45:50–2. doi: 10.1093/rheumatology/kei183.