Cannabis no tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Publicado em 17/06/25 | Atualizado em 17/06/25 Leitura: 15 minutos

CanabinoidesCannabis como MedicamentoRespiratórias

A busca por terapias inovadoras que complementem o manejo das doenças respiratórias crônicas tem se intensificado nas últimas décadas. Em meio a esse cenário, a cannabis medicinal e seus derivados vêm ganhando destaque, impulsionados por um crescente corpo de evidências sobre suas propriedades anti-inflamatórias, imunomoduladoras e broncodilatadoras. 

Entre as condições que potencialmente se beneficiam de novas abordagens está a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), uma enfermidade complexa, marcada por inflamação persistente e limitação progressiva do fluxo aéreo. 

No post de hoje vamos explorar de forma crítica e atualizada o potencial terapêutico da cannabis e de seus canabinoides no tratamento da DPOC, reunindo dados que vão desde os mecanismos moleculares envolvidos até os resultados de estudos clínicos recentes. 

DPOC: Entendendo a complexidade da doença

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição respiratória progressiva e debilitante caracterizada pela obstrução persistente do fluxo aéreo. Essa obstrução é geralmente irreversível e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas nocivas ou gases, como o tabaco — principal fator de risco. No entanto, causas ocupacionais, ambientais e genéticas também desempenham um papel relevante. A DPOC inclui entidades clínicas como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, frequentemente coexistentes.¹

Do ponto de vista clínico, os pacientes apresentam sintomas como dispneia (falta de ar), tosse crônica, produção excessiva de escarro e intolerância ao exercício físico. Esses sintomas, somados à progressão insidiosa da doença, comprometem significativamente a funcionalidade física, a independência e a qualidade de vida. Os pacientes podem desenvolver ansiedade, depressão e isolamento social, reforçando um ciclo de deterioração funcional e emocional.¹

As terapias convencionais para a DPOC incluem broncodilatadores de curta e longa duração, corticosteroides inalatórios, oxigenoterapia e programas de reabilitação pulmonar. Embora essas intervenções melhorem os sintomas e reduzam a frequência de exacerbações, elas não conseguem deter a progressão da doença nem reverter os danos estruturais nos pulmões. Além disso, os efeitos adversos do uso prolongado de corticosteroides e a limitação de resposta aos broncodilatadores em estágios avançados evidenciam a necessidade de estratégias terapêuticas mais eficazes e seguras.¹

Nesse contexto, a cannabis medicinal surge como uma alternativa terapêutica promissora. Os canabinoides apresentam propriedades anti-inflamatórias, imunomoduladoras e ansiolíticas, que podem atuar de maneira sinérgica na DPOC. Além disso, há evidências de que o uso de cannabis pode contribuir para a melhora do sono, da ansiedade e da qualidade de vida em pacientes com doenças crônicas, incluindo as respiratórias.

Apesar do potencial terapêutico, o uso de cannabis em doenças pulmonares crônicas deve ser cuidadosamente avaliado. O método de administração é um fator crítico: formas inaladas de cannabis, especialmente por combustão, podem ser prejudiciais ao epitélio pulmonar e contraindicadas na DPOC. Por outro lado, formulações orais, sublinguais, nebulizadas ou vaporizadas sob controle médico oferecem alternativas mais seguras.

Portanto, embora ainda sejam necessários estudos clínicos mais robustos para consolidar seu papel terapêutico, a cannabis medicinal pode representar uma abordagem complementar valiosa no manejo da DPOC, especialmente na modulação da inflamação e no cuidado integral do paciente.

O Sistema Endocanabinoide e a DPOC

O sistema endocanabinoide (SEC) desempenha um papel fundamental na homeostase de diversos sistemas fisiológicos, incluindo o sistema respiratório. No contexto das doenças pulmonares crônicas, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), compreender a atuação do SEC pode abrir caminhos promissores para abordagens terapêuticas mais eficazes e personalizadas.

Dentro do tecido pulmonar, componentes do SEC — incluindo receptores canabinoides, ligantes endógenos e enzimas de degradação — estão amplamente distribuídos em diferentes tipos celulares. Células epiteliais brônquicas, musculares lisas, imunes e terminações nervosas expressam receptores CB1 e CB2, que mediam respostas fisiológicas distintas.²

Os receptores CB1, embora mais abundantes no sistema nervoso central, também estão presentes no epitélio respiratório, modulando mecanismos neurais e inflamatórios. Já os receptores CB2 predominam nas células do sistema imune e nos fibroblastos, participando ativamente da regulação da inflamação, da resposta imunitária e dos processos de fibrose pulmonar. Além disso, canais iônicos como o TRPV1 (receptor potencial transitório vaniloide tipo 1) são detectáveis em células epiteliais das vias aéreas, e têm sido implicados em respostas nociceptivas, inflamatórias e de hipersensibilidade brônquica.²

A ativação farmacológica do SEC por fitocanabinoides — como o tetraidrocanabinol (THC) e o CBD — pode desencadear efeitos fisiológicos com potencial terapêutico relevante para doenças respiratórias. Esses efeitos incluem broncodilatação, ação anti-inflamatória, modulação imune, propriedades antifibróticas e efeitos neuroprotetores.² 

Particularmente, a ativação dos receptores CB1 tem sido associada ao relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas, podendo favorecer a broncodilatação em condições como a DPOC e a asma. O THC, por sua afinidade com CB1, pode contribuir diretamente para esse efeito, além disso, o THC, o CBD e outros fitocanabinoides apresentam propriedades anti-inflamatórias, antifibróticas e antioxidantes importantes para a modulação da inflamação crônica observada na DPOC.²

É importante destacar, entretanto, que a via de administração dos canabinoides exerce influência direta sobre sua segurança e eficácia em doenças respiratórias. Embora a inalação seja uma via com início rápido de ação, fumar cannabis não é recomendado em contextos terapêuticos, especialmente em indivíduos com comprometimento pulmonar. 

As propriedades biológicas e os mecanismos de ação sugeridos de derivados canabinoides e inibidores de degradação de endocanabinoides em vários modelos de doenças respiratórias. Abreviações: SDRA, síndrome do desconforto respiratório agudo; LPA, lesão pulmonar aguda; LIRP, lesão de isquemia-reperfusão pulmonar. Fonte: MONTAGNER, Patrícia; DE SALAS-QUIROGA, Adán. Tratado de Medicina Endocanabinoide.1. ed. WeCann Endocannabinoid Global Academy, 2023.
As propriedades biológicas e os mecanismos de ação sugeridos de derivados canabinoides e inibidores de degradação de endocanabinoides em vários modelos de doenças respiratórias. Abreviações: SDRA, síndrome do desconforto respiratório agudo; LPA, lesão pulmonar aguda; LIRP, lesão de isquemia-reperfusão pulmonar. Fonte: MONTAGNER, Patrícia; DE SALAS-QUIROGA, Adán. Tratado de Medicina Endocanabinoide.1. ed. WeCann Endocannabinoid Global Academy, 2023.

Curiosamente, um estudo populacional canadense de 2009, que avaliou 878 participantes com histórico de uso de tabaco e cannabis, observou que o uso isolado de cannabis fumada não esteve associado ao aumento do risco de DPOC, ao contrário do uso combinado com tabaco. Esse achado, embora controverso, reforça a necessidade de investigar os efeitos broncodilatadores e anti-inflamatórios do THC e do CBD, mesmo que a forma fumada não seja ideal clinicamente.³

Em síntese, o SEC está envolvido na fisiologia e na patogênese das doenças respiratórias, incluindo a DPOC. O direcionamento farmacológico desse sistema por compostos derivados da cannabis oferece uma abordagem inovadora com potencial para controlar a inflamação crônica, modular a resposta imune e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, são necessários mais estudos científicos controlados e de longo prazo para elucidar os mecanismos precisos, otimizar formulações e definir protocolos terapêuticos seguros e eficazes para o uso dos canabinoides nas doenças respiratórias crônicas.

Para saber mais sobre o Sistema Endocanabinoide acesse: Sistema Endocanabinoide: O que é? Por que estudar? – WeCann Academy

O que diz a ciência sobre o uso de Cannabis Medicinal na DPOC

A aplicação terapêutica da cannabis medicinal em doenças respiratórias como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ainda se encontra em estágio inicial de investigação clínica, mas já conta com alguns ensaios clínicos randomizados (ECRs) que ajudam a delinear seu potencial e segurança. A literatura sugere que o sistema endocanabinoide pode desempenhar um papel relevante na modulação da inflamação e da função pulmonar, mas os resultados clínicos ainda são limitados e, por vezes, contraditórios.

O primeiro ECR duplo-cego e cruzado a explorar a eficácia dos canabinoides em pacientes com DPOC foi conduzido no Reino Unido por Pickering et al., em 2011. O estudo envolveu cinco voluntários saudáveis e quatro pacientes com DPOC, que receberam extrato sublingual de cannabis (com doses máximas de 10,8 mg de tetrahidrocanabinol – THC – e 10 mg de canabidiol – CBD) ou placebo. A dispneia foi simulada por meio da exposição a cargas fixas de dióxido de carbono (CO₂), e as medidas respiratórias foram avaliadas antes e duas horas após a administração das substâncias.4

Embora não tenham sido observadas diferenças significativas nas variáveis respiratórias entre os grupos, os pacientes com DPOC descreveram com menor frequência a sensação de “fome de ar” após o uso do extrato de cannabis em comparação com o placebo — um achado subjetivo que pode sugerir certo alívio no desconforto respiratório.4

Em um segundo ECR, Abdallah et al. (2018) investigaram os efeitos da cannabis vaporizada (18% de THC e <0,1% de CBD) na dispneia induzida por esforço físico e na resistência ao exercício em 16 pacientes com DPOC avançada. Apesar da expectativa de melhora na função pulmonar e na tolerância ao exercício, os resultados não demonstraram diferenças estatisticamente significativas em comparação ao grupo placebo (cannabis com 0,33% de THC e <1% de CBD), sugerindo que, nessa formulação e via de administração, a cannabis não promoveu benefício clínico mensurável.5

Um terceiro ECR duplo-cego mais recente, conduzido por van Dam et al. (2022) nos Países Baixos, avaliou se a inalação de cannabis poderia potencializar a depressão respiratória induzida por opioides. No estudo, indivíduos saudáveis receberam 20 mg de oxicodona ou placebo, seguidos pela inalação de cannabis com alto teor de THC (21,8% de THC e 0,1% de CBD) após 1,5 ou 5 horas. A oxicodona, isoladamente, reduziu a ventilação hipercápnica em cerca de 30%, evidenciando seu efeito depressor sobre a respiração. No entanto, a cannabis inalada não agravou essa depressão respiratória, indicando que o THC, nas concentrações administradas, não comprometeu adicionalmente a função ventilatória dos participantes.6

Um estudo piloto duplo-cego, randomizado e cruzado investigou o uso de dronabinol (um canabinoide puro) em pacientes com DPOC para avaliar a melhora da dispneia e a tolerância ao exercício. Neste estudo, 11 participantes com DPOC receberam até 20 mg de dronabinol oral ou placebo diariamente por 6 semanas. A dispneia e a fadiga foram avaliadas por meio da escala de Borg em repouso e após uma caminhada incremental, além de questionários de estado funcional, humor e depressão.

Os resultados não demonstraram melhora significativa na dispneia em repouso ou pós-exercício, nem nas distâncias de caminhada, fadiga ou nos escores de estado funcional e humor em comparação com o placebo. Concluiu-se que, neste estudo piloto, o dronabinol não melhorou significativamente a dispneia ou a capacidade de exercício. Embora este estudo não tenha encontrado benefícios, ele possui limitações importantes. O número reduzido de participantes (apenas 11) diminui o poder estatístico, o que significa que pequenas, mas clinicamente relevantes, diferenças podem não ter sido detectadas.7

Além disso, o dronabinol é uma versão isolada do THC, um dos muitos compostos da planta cannabis. A cannabis contém centenas de outras substâncias, como diversos fitocanabinoides (ex: CBD, CBG) e terpenos, que interagem entre si no que é conhecido como efeito entourage. Essa sinergia pode modular os efeitos terapêuticos e os potenciais efeitos adversos de uma forma que o THC isolado não consegue replicar. Portanto, a falta de sucesso do dronabinol isolado não exclui o potencial de extratos de cannabis de planta inteira ou de formulações combinadas de canabinoides e terpenos no tratamento da DPOC, um campo que ainda requer mais investigação.7

Além dos fitocanabinoides tradicionais, a pesquisa científica tem direcionado atenção ao potencial terapêutico dos terpenos presentes em diferentes quimiovariantes da cannabis. Compostos como o cineol e o linalol demonstraram propriedades broncodilatadoras e anti-inflamatórias promissoras em estudos experimentais com modelos de asma e bronquite. Esses achados sugerem que o perfil terpênico de determinadas variedades de cannabis pode representar uma estratégia terapêutica complementar no manejo de doenças respiratórias, como a DPOC. No entanto, essa hipótese ainda requer confirmação por meio de ensaios clínicos rigorosos.8,9

Em conclusão, embora o conjunto de evidências clínicas atuais ainda seja insuficiente para sustentar o uso rotineiro de cannabis medicinal no tratamento da DPOC, os dados preliminares sugerem que o SEC constitui um alvo terapêutico plausível em doenças respiratórias crônicas. Ainda são necessários estudos adicionais, com maior número de participantes e desenho metodológico robusto, para elucidar os efeitos específicos dos diferentes fitocanabinoides e terpenos, bem como para garantir a segurança e eficácia das terapias à base de cannabis nesse contexto clínico.

Conclusão

A utilização da cannabis medicinal no manejo da DPOC representa, como discutido, uma fronteira terapêutica promissora, mas ainda em fase de entendimento e construção de evidência. O potencial de seus compostos em modular processos inflamatórios, promover broncodilatação e melhorar sintomas associados — como ansiedade e distúrbios do sono — reforça a relevância de se investigar essa abordagem com seriedade e rigor científico.

Seja na reumatologia, neurologia, oncologia, psiquiatria ou mesmo na pneumologia, como no caso da DPOC, os fitocanabinoides vêm ganhando espaço como ferramentas terapêuticas promissoras. Essa atuação abrangente reflete não apenas a versatilidade clínica da cannabis medicinal, mas principalmente, o papel central do sistema endocanabinoide na modulação de processos fisiológicos e patológicos complexos. À medida que a medicina baseada em evidências avança, torna-se cada vez mais evidente a importância de incorporar esse conhecimento à prática médica, superando antigos paradigmas e ampliando o leque de opções terapêuticas em benefício dos pacientes.

Neste contexto de constante transformação, é necessário que os profissionais de saúde se atualizem e explorem as evidências científicas sobre a cannabis medicinal. Trata-se de uma demanda ética e clínica: conhecer, prescrever com segurança e orientar com responsabilidade. O futuro da medicina de precisão exige que os profissionais ampliem seu arsenal terapêutico e incluam em sua prática médica ferramentas versáteis e seguras, como os derivados canabinoides.

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Referências

  1. SILVA, E. P. F.; LACERDA, A. L.; TAKAHASHI, J. C. H.; SANTOS, L. H. de C.; TAKAHASHI , I. M. Doença pulmonar obstrutiva crônica – uma revisão abrangente sobre a fisiopatologia, diagnóstico e avaliação, tratamento e prevenção. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 7152–7162, 2024. DOI: 10.34119/bjhrv7n1-583. 
  2. MONTAGNER, Patrícia; DE SALAS-QUIROGA, Adán. Tratado de Medicina Endocanabinoide.1. ed. WeCann Endocannabinoid Global Academy, 2023.
  3. Tan, W.C. et al. Marijuana and chronic obstructive lung discase: a population-based study. Can. Med. .Assoc. J. 180, 814-820 (2009).
  4. Pickering, E. E. et al. Cannabinoid effects on ventilation and breathlessness: A pilot study of efficacy and safety. Chron. Respir. Dis. 8, 109-118 (2011).
  5. Abdallah, S.J. et al. Effect of Vaporized Cannabis on Exertional Breathlessness and Exercise Endurance in Advanced Chronic Obstructive Pulmonary Disease. A Randomized Controlled Trial. Ann. Am. Thorac. Soc. 15, 1146-1158 (2018).
  6. Van Dam,C.J.et al, Inhaled delta-tetrahydrocannabinol does not enhance oxycodone-induced respiratory depression; randomised controlled trial in healthy volunteers. Br:. J. Anaesth. 130,485-493 (2023).
  7. Zaid AH, Thapamagar SB, Anholm JD, Weaver-Carnahan L, Duong L, Specht L. Effects of Dronabinol on Dyspnea and Quality of Life in Patients With COPD. Chronic Obstr Pulm Dis. 2024 Mar 26;11(2):206-215. doi: 10.15326/jcopdf.2023.0401. PMID: 38310543; PMCID: PMC11075348.
  8. Fischer, J. & Dethlefsen, U. Efficacy of cineole in patients suffering from acute bronchitis: a placebo- controlled double-blind trial. Cough 9, 25 (2013).
  9. Kahler, C, Derezinski, T., Bocian-Sobkowska, J. Keckeis, A. & Zacke, G. Spicae aetheroleum in uncomplicated acute bronchitis: a double-blind, randomised clinical trial. Wien. Med. Wockenschr: 169, 137-148 (2019).

 

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