Mercado global da Cannabis medicinal: entenda o potencial de crescimento

 

O mercado global da Cannabis medicinal foi impulsionado por diversos setores a partir das descobertas científicas sobre o Sistema Endocanabinoide. Os mais impactados até o momento, são a indústria farmacêutica, os laboratórios de análises clínicas e, claro, as universidades e os centros de pesquisa.

Embora as propriedades terapêuticas da Cannabis e os benefícios da interação dos fitocanabinoides com nosso Sistema Endocanabinoide não sejam uma novidade em si, foi somente nos anos 1990 que a comunidade científica consolidou uma série de estudos atestando a existência do Sistema Endocanabinoide e esclarecendo o potencial terapêutico da Cannabis no tratamento de várias enfermidades, sobretudo de origem neurológica — a exemplo da demência de Alzheimer, doença de Parkinson, Esclerose Múltipla, enxaqueca, fibromialgia e Transtorno do Espectro Autista.

Essa Ciência é ainda pouquíssimo abordada nas escolas médicas, de modo que uma formação especializada em Sistema Endocanabinoide e Cannabis medicinal é hoje imprescindível para os médicos que desejam incorporar essa prática terapêutica com segurança e eficácia.

Quer saber mais a respeito? Continue a leitura e entenda quais são as perspectivas de crescimento desse mercado tão promissor.

 

Breve histórico evolutivo da Cannabis medicinal no Brasil

Sabemos que o uso da Cannabis enquanto ferramenta terapêutica tem origem milenar. No Brasil, os primeiros registros datam da colonização,  com relatos na nossa literatura da utilização da Cannabis para fins medicinais tanto pelos africanos escravos, quanto pelos portugueses aristocratas.  A Rainha Carlota Joaquina, por exemplo, fazia uso frequente de chá de Cannabis para tratar enxaquecas e cólicas menstruais.

Mas, o Brasil precisou esperar até 2019 para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) finalmente regulamentasse os procedimentos necessários para a fabricação e comercialização de produtos à base de Cannabis no país.

A participação de pacientes e familiares de pacientes foi primordial nesse diálogo de legalização junto às autoridades públicas. Em seguida, traçamos uma breve linha do tempo que auxilia na compreensão desse percurso.

  • 2014: O CFM (Conselho Federal de Medicina) autoriza a prescrição médica do CBD (Canabidiol) para tratamento de epilepsia;
  • 2015: A Anvisa retira o CBD da lista de substância proibidas e passa a considerá-lo como medicamento de uso controlado, autorizando a importação;
  • 2016: A Anvisa autoriza também a importação de produtos medicinais à base de THC (Tetra-hidrocanabinol);
  • 2017: Foi realizada a primeira importação legal da planta de Cannabis para a realização de pesquisas no Brasil;
  • 2019: A Anvisa passa a exigir apenas a receita médica para liberar a importação de produtos medicinais à base de Cannabis;
  • 2020: Entra em vigor a RDC 327 de 2019 (Resolução da Diretoria Colegiada), da Anvisa, que regulamenta a categoria de “produtos derivados de Cannabis”.

 

Perspectivas de crescimento do mercado global da Cannabis medicinal

A regulamentação do uso medicinal da Cannabis naturalmente impulsiona o desenvolvimento de indústrias, profissionais da saúde, empreendedores e pesquisadores desse setor.

Mais de 40 países hoje autorizam o uso da Cannabis para fins medicinais, inclusive os Estados Unidos (EUA), que por questões político-econômicas liderou o combate à planta no século anterior.

Em 2016, os EUA movimentaram 6,7 bilhões de dólares em torno dessa indústria, e devem totalizar 20 bilhões de dólares em 2021, de acordo com pesquisa do Arcview Market Research, referenciada em reportagem da Época Negócios.

Somente em 2018, o mercado global da Cannabis movimentou 12 bilhões de dólares no mundo todo.

Pelos próximos quatro anos, esse número deve saltar para 103,9 bilhões de dólares, segundo relatório de 2019 levantado pela Prohibition Partners, agência britânica de estratégia e inteligência dedicada ao mercado global da Cannabis.

Esses valores abrangem todos os negócios relacionados à Cannabis legal, incluindo uso recreativo, industrial e medicinal e deixam claro o quanto esse mercado é promissor em curto, médio e longo prazo.

 

Importância da formação especializada em Cannabis medicinal

Dados do relatório de 2020 da New Frontier Data são ainda mais promissores quanto à perspectiva medicinal, com previsão de que nos próximos três anos o número de pacientes beneficiados com a terapêutica canabinoide chegue a 3,9 milhões.

Cerca de 80 mil produtos à base de Cannabis já foram trazidos para o Brasil desde que a importação foi liberada em 2016.

Embora os conselhos regionais de medicina do país apontem a existência de 450 mil profissionais médicos atuantes, apenas 1.100 médicos – ou 0,2% – prescrevem medicamentos à base de Cannabis. Isso se deve à desinformação, e, sobretudo, à ausência de formação adequada na área, que se baseie em evidências científicas e práticas bem-sucedidas.

Embora, os números demonstrem excelentes perspectivas de crescimento no mercado global da Cannabis medicinal, a formação especializada na área é imprescindível para explorar ao máximo os benefícios da terapêutica canabinoide a partir de prescrições assertivas, seguras e eficazes.

A WeCann Academy tem o propósito de auxiliar você nesta missão. Conectamos especialistas de todo o mundo em uma comunidade global de pesquisa e estudos em Sistema Endocanabinoide, interligando conhecimento científico e experiência prática.

 

Quer fazer parte desta comunidade? Entre em contato conosco e saiba mais a respeito!

 

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Esse texto foi elaborado pelo time de experts da WeCann, baseado nas evidências científicas partilhadas nas referências e, amparado na ampla experiência prescritiva dos profissionais.

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