Canabinoides para alívio da Psoríase: como funciona?

Publicado em 06/01/25 | Atualizado em 06/01/25 Leitura: 17 minutos

CanabinoidesDermatológicas

A pele, o maior órgão do corpo humano, desempenha um papel essencial na manutenção da homeostase corporal. Sua estrutura complexa, com funções neuroimunoendócrinas, não apenas contribui para o equilíbrio interno, mas também atua como a principal barreira de defesa contra lesões e infecções externas. Apesar dessa resiliência, a pele está suscetível a uma ampla gama de distúrbios dermatológicos que podem comprometer significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Entre essas condições, a psoríase destaca-se como uma doença inflamatória crônica que atinge milhões de pessoas globalmente. Essa patologia não só afeta a aparência da pele, mas também impõe um fardo emocional e social substancial aos pacientes, especialmente devido à sua natureza persistente e impacto visível.

Nos últimos anos, avanços na pesquisa têm destacado o papel promissor dos canabinoides, em especial o canabidiol, no tratamento de distúrbios inflamatórios cutâneos, como a psoríase. A modulação do sistema endocanabinoide emerge como uma estratégia inovadora para abordar os mecanismos imunológicos e celulares subjacentes a essa condição. Neste texto, iremos explorar como os canabinoides podem oferecer alívio clínico e contribuir para um manejo mais eficaz da psoríase.

Psoríase

A pele desempenha um papel crucial na construção da autoimagem e do bem-estar psicológico. Alterações significativas em sua integridade, especialmente em áreas visíveis, podem gerar considerável sofrimento emocional. Sendo um órgão dinâmico, a pele está sujeita a uma ampla gama de doenças crônicas, entre as quais destacam-se a dermatite seborreica, dermatite de contato, pênfigo, vitiligo, urticária e a psoríase, que é uma das mais comuns e relevantes na prática clínica.

A psoríase é uma doença imunomediada, inflamatória, crônica e recorrente, caracterizada por hiperplasia epidérmica e ativação imune disfuncional, que afeta aproximadamente 2-3% da população mundial. Embora possa se manifestar em qualquer faixa etária, a doença ocorre mais frequentemente entre os 15 e 35 anos. Suas manifestações incluem lesões eritematoescamosas bem demarcadas, geralmente em placas, com tamanhos variáveis. As escamas apresentam coloração prateada, e a condição pode ser acompanhada por prurido em cerca de 80% dos casos. As áreas mais frequentemente acometidas incluem as faces extensoras dos membros (como cotovelos e joelhos), tronco, região sacral e couro cabeludo.¹ 

A psoríase é uma condição heterogênea que pode se manifestar de diferentes formas, dependendo do subtipo predominante. A psoríase vulgar, também conhecida como psoríase em placas, é a forma mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Caracteriza-se por placas eritemato escamosas bem delimitadas, frequentemente cobertas por escamas prateadas ou brancas, que surgem principalmente em áreas de pressão ou atrito, como cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região sacral. O curso dessa forma é crônico, alternando entre períodos de exacerbação e remissão.¹

Lesão de Psoríase em Placas. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/. 
Lesão de Psoríase em Placas. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/.

Já a psoríase gutata ocorre mais frequentemente em crianças e adultos jovens, apresentando lesões menores em formato de gotas, que se distribuem predominantemente no tronco e nos membros proximais. Esse subtipo está frequentemente associado a infecções estreptocócicas, como a faringite, podendo regredir espontaneamente ou evoluir para a forma em placas.¹

Lesão de Psoríase Gutata. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/. 
Lesão de Psoríase Gutata. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/.

A psoríase pustulosa, por sua vez, é caracterizada pela presença de pústulas estéreis sobre áreas eritematosas. Pode ser localizada, como nas palmas das mãos e plantas dos pés, ou generalizada, como na forma de Von Zumbusch, que é grave e frequentemente acompanhada de febre, mal-estar e comprometimento sistêmico, demandando manejo imediato.¹

Lesão de Psoríase Pustulosa. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/. 
Lesão de Psoríase Pustulosa. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/.

A psoríase eritrodérmica, uma das formas mais severas, representa uma emergência dermatológica. Essa forma envolve eritema e descamação generalizados, que podem comprometer a função barreira da pele. Os pacientes frequentemente apresentam febre, hipotermia e desidratação, sendo necessário hospitalização imediata. Essa variante é frequentemente desencadeada por infecções, interrupção abrupta de corticoterapia ou situações de estresse significativo.¹

Lesão de Psoríase Eritrodérmica. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/. 
Lesão de Psoríase Eritrodérmica. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/.

A psoríase ungueal, outro subtipo importante, afeta principalmente as unhas, levando a alterações como piquenização (depressões puntiformes na lâmina ungueal), onicólise (descolamento da unha do leito) e hiperceratose subungueal. As unhas podem apresentar coloração amarelada ou exibir manchas de óleo (manchas salmão). Esse subtipo é frequentemente associado à artrite psoriática, exigindo atenção especial para seu diagnóstico e manejo.¹

Lesão de Psoríase Ungueal. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/. 
Lesão de Psoríase Ungueal. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/.

Por fim, a psoríase invertida, ou flexural, acomete áreas de dobras cutâneas, como axilas, regiões inguinais, inframamárias e genitais. Nessas regiões, as lesões são eritematosas, brilhantes e geralmente sem escamas, devido ao ambiente úmido. Devido à sua apresentação, pode ser confundida com dermatite de contato ou candidíase, demandando atenção ao diagnóstico diferencial.¹

Lesão de Psoríase Invertida. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/. 
Lesão de Psoríase Invertida. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/.

Além das características clínicas dos subtipos, o fenômeno de Koebner, definido pela indução de novas lesões psoriásicas em áreas de trauma cutâneo, e o sinal de Auspitz, caracterizado pelo surgimento de pontos hemorrágicos ao remover escamas das lesões, são achados diagnósticos importantes. Contudo, a ausência desses sinais não exclui o diagnóstico de psoríase, que deve ser baseado em uma avaliação clínica detalhada e, quando necessário, complementado por biópsia de pele.¹

Impacto na Qualidade de Vida

A psoríase gera um impacto profundo na qualidade de vida dos pacientes, devido a sua apresentação frequentemente desfigurante, natureza crônica e, em muitos casos, dolorosa. As implicações psicológicas são significativas, abrangendo baixa autoestima, ansiedade, depressão e, em casos graves, ideação suicida. Estudos demonstram que o comprometimento físico e mental causado pela psoríase pode ser comparável ao observado em doenças graves como câncer, condições cardiovasculares e diabetes, destacando a relevância do manejo integral e multidisciplinar.²

Para saber mais do uso do Canabidiol no tratamento da depressão acesse:Canabidiol no manejo da Depressão: Potencial terapêutico e evidências científicas – WeCann Academy

Além disso, a psoríase está frequentemente associada a comorbidades sistêmicas. Entre elas, destacam-se artrite psoriática, obesidade, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, transtornos autoimunes e psiquiátricos. Esses fatores ampliam o impacto negativo da doença na vida do paciente e reforçam a necessidade de uma abordagem terapêutica que vá além do controle dos sintomas cutâneos, visando também minimizar os riscos sistêmicos.¹

Abordagem Terapêutica 

A psoríase é tratada com estratégias que variam de terapias tópicas a medicamentos sistêmicos e fototerapia, dependendo da gravidade da condição. Para casos leves a moderados, os tratamentos tópicos, como corticosteroides, análogos da vitamina D e inibidores de calcineurina, são amplamente utilizados. Esses agentes são eficazes na redução de inflamação e hiperproliferação de queratinócitos, mas podem apresentar efeitos adversos, como irritação cutânea, atrofia da pele e taquifilaxia com o uso prolongado.¹

Nos casos moderados a graves, a fototerapia, particularmente a UVB de banda estreita, e os medicamentos sistêmicos são essenciais. Agentes sistêmicos incluem imunossupressores, como metotrexato e ciclosporina, que, apesar de eficazes, podem levar a efeitos colaterais significativos, como hepatotoxicidade, nefrotoxicidade e supressão da medula óssea. Os retinoides, como a acitretina, também são úteis, mas limitados por sua teratogenicidade e alterações metabólicas.¹

Os imunobiológicos representam uma das maiores inovações no manejo da psoríase. Esses medicamentos, como adalimumabe, secuquinumabe e ustecinumabe, bloqueiam citocinas específicas (TNF-α, IL-17, IL-12/23) envolvidas na patogênese da doença, proporcionando uma abordagem direcionada e eficaz. Contudo, o alto custo, a necessidade de monitoramento contínuo e o aumento do risco de infecções limitam seu uso em algumas populações.¹

Apesar dos avanços, há lacunas significativas no manejo da psoríase, especialmente para pacientes que não respondem adequadamente aos tratamentos disponíveis ou apresentam contraindicações. Nesse contexto, os canabinoides surgem como uma opção terapêutica promissora. Estudos iniciais sugerem que compostos como o canabidiol (CBD) e o tetraidrocanabinol (THC) têm propriedades anti-inflamatórias, imunomoduladoras e antiproliferativas.³ Além disso, os canabinoides apresentam um perfil de segurança favorável em comparação com tratamentos sistêmicos convencionais, com efeitos colaterais geralmente leves, como boca seca e sonolência e prostração no início do tratamento. 

Para saber mais sobre os possíveis efeitos colaterais do Canabidiol acesse: Possíveis efeitos colaterais do Canabidiol e como evitá-los

Sistema Endocanabinoide e Psoríase

O sistema endocanabinoide (SEC) desempenha um papel fundamental na regulação de processos biológicos essenciais, como inflamação, proliferação celular e resposta imune, os quais estão intrinsecamente relacionados à fisiopatologia da psoríase. A psoríase é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperproliferação de queratinócitos e uma resposta imune desregulada, resultando em lesões cutâneas eritematosas e descamativas. Dada a atuação do SEC em modular esses processos, seu envolvimento na psoríase tem atraído crescente interesse.

Os receptores canabinoides CB1 e CB2, principais componentes do SEC, são expressos na pele e têm papeis distintos na modulação da inflamação e da regeneração celular. O receptor CB1, quando ativado, pode intensificar a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e de citocinas inflamatórias, como TNFα, exacerbando condições de estresse oxidativo. Por outro lado, a ativação do receptor CB2 tem um efeito oposto, reduzindo a produção de ROS e mediadores inflamatórios, o que contribui para respostas antioxidantes e anti-inflamatórias. Esses efeitos sugerem que a ativação seletiva de CB2 pode ser benéfica no manejo da psoríase, atenuando a inflamação cutânea e promovendo a homeostase celular.4

Além disso, os fitocanabinoides como o canabidiol e o tetraidrocanabinol (THC) têm demonstrado propriedades terapêuticas relevantes no contexto da psoríase. O CBD, por exemplo, regula o equilíbrio de cálcio nas células, reduzindo a proliferação de queratinócitos e a secreção de citocinas pró-inflamatórias, como IL-6 e IL-8. Essa ação é potencializada pela interação do CBD com receptores α2 adrenérgicos e 5-HT1A, que promovem liberação de adenosina e captura de ROS, reduzindo o dano oxidativo às células cutâneas. Além disso, o THC e o CBD atuam como moduladores alostéricos de receptores opioides, o que pode aliviar a dor e o prurido associados às lesões psoriáticas.5

A figura destaca os possíveis mecanismos de ação do canabidiol no tratamento da psoríase. A ação do CBD pode reduzir a inflamação, o estresse oxidativo, a coceira, a proliferação anormal de queratinócitos e pode aumentar a hidratação. Adaptado de smart SERVIER MEDICAL. SISTEMA TEGUMENTAR ART. 2024. Disponível a partir de https://smart.servier.com/smart_image/integumentary-system/.
A figura destaca os possíveis mecanismos de ação do canabidiol no tratamento da psoríase. A ação do CBD pode reduzir a inflamação, o estresse oxidativo, a coceira, a proliferação anormal de queratinócitos e pode aumentar a hidratação. Adaptado de smart SERVIER MEDICAL. SISTEMA TEGUMENTAR ART. 2024. Disponível a partir de https://smart.servier.com/smart_image/integumentary-system/.

O SEC exerce uma função fundamental na regulação das respostas imunológicas da pele, posicionando-se como um alvo promissor para o tratamento da psoríase. Os fitocanabinoides apresentam propriedades únicas que vão além da regulação imunológica, atuando diretamente sobre os queratinócitos, as principais células afetadas na psoríase. Compostos como THC e CBD demonstraram inibir a proliferação dessas células por mecanismos dependentes e independentes dos receptores CB1 e CB2, incluindo a ativação de alvos como TRPV1 e PPARγ. Essa ação não só reduz a formação excessiva de escamas, característica da doença, mas também modula processos inflamatórios e angiogênicos exacerbados, que contribuem para a gravidade das lesões psoriáticas. 6

Outro mecanismo relevante envolve a inibição de enzimas que degradam endocanabinoides, como a FAAH e a MAGL. Essa inibição aumenta a disponibilidade de endocanabinoides, como a anandamida e o 2-AG, que regulam a resposta imune e o equilíbrio oxidação e redução (redox) na pele. Além disso, a modulação de mediadores lipídicos como os eicosanoides contribui para a redução da inflamação na pele, um dos fenômenos centrais na psoríase.7

Para saber mais sobre como funciona o Sistema Endocanabinoide acesse: O que é o Sistema Endocanabinoide?

Evidências Científicas

A relação entre os canabinoides e o tratamento da psoríase tem sido alvo de crescente interesse científico, com diversos estudos avaliando o potencial terapêutico dessas substâncias. Apesar de muitos estudos ainda serem preliminares, os resultados obtidos até o momento destacam o uso de canabinoides, especialmente o canabidiol, como uma abordagem promissora para o manejo da doença.

Um dos estudos clínicos mais relevantes foi conduzido por Puaratanaarunkon e colaboradores em 2021, na Tailândia. Neste ensaio clínico randomizado duplo-cego (ECR), 51 pacientes com psoríase em placas foram tratados com uma pomada contendo CBD a 2,5% ou placebo, aplicada duas vezes ao dia durante 12 semanas. Os pacientes foram avaliados quanto ao eritema, descamação e endurecimento das lesões, além da redução da área afetada. Os resultados indicaram que o grupo tratado com CBD apresentou melhorias significativas em todas as avaliações clínicas desde a segunda semana, com efeitos benéficos sustentados até o final do estudo. Esses achados reforçam o papel do CBD tópico como uma alternativa eficaz para o controle da inflamação e da proliferação cutânea associadas à psoríase.3

As imagens mostram a progressão de lesões psoriáticas pequenas e médias tratadas com pomada de CBD a 2,5% ou placebo, por até 12 semanas. De Puaratanaarunkon et al. (2022).

Além disso, um estudo não controlado investigou os efeitos de um shampoo contendo CBD de amplo espectro (0,075%) em 50 pacientes com psoríase leve a moderada no couro cabeludo ou dermatite seborreica. Após duas semanas de uso frequente, os participantes relataram redução significativa de prurido, queimação e inflamação, com melhora na descamação e na arborização vascular. O produto também apresentou excelente tolerabilidade e alta satisfação entre os pacientes, destacando a viabilidade de formulações tópicas de CBD para o manejo de condições inflamatórias da pele.8

Outro exemplo relevante é a série de casos publicada por Palmieri et al. (2019), que avaliou o uso de pomada enriquecida com CBD em 20 pacientes com diferentes distúrbios cutâneos, incluindo cinco casos de psoríase. O tratamento, aplicado duas vezes ao dia por três meses, resultou em melhorias significativas na gravidade das lesões, sintomas referidos e parâmetros gerais da pele, sem reações adversas documentadas. Os autores concluíram que o CBD tópico é uma opção segura, eficaz e não invasiva, capaz de melhorar a qualidade de vida de pacientes com condições inflamatórias da pele.9

Conclusão

Os avanços na compreensão do sistema endocanabinoide têm revelado novas possibilidades terapêuticas para doenças inflamatórias da pele, como a psoríase. A capacidade dos canabinoides de modular inflamação, proliferação celular e respostas imunológicas os posiciona como agentes promissores no manejo dessa condição crônica. Embora os estudos sejam positivos, mais pesquisas são necessárias para consolidar sua eficácia e segurança nesse contexto clínico. Ainda assim, os canabinoides oferecem uma abordagem inovadora, capaz de complementar tratamentos existentes e melhorar a qualidade de vida dos pacientes portadores de psoríase, reforçando a necessidade de uma medicina personalizada e multidisciplinar.

É essencial que os médicos se mantenham atualizados sobre os avanços na aplicação da cannabis medicinal para ampliar suas opções terapêuticas e proporcionar o melhor cuidado aos pacientes com enfermidades crônicas de pele como a psoríase. Nesse contexto, iniciativas como a WeCann desempenham um papel crucial ao oferecer suporte educacional qualificado para médicos interessados em incorporar a cannabis medicinal no seu arsenal terapêutico. Esse conhecimento contribui para a exploração segura e responsável dos derivados canabinoides, possibilitando abordagens inovadoras e eficazes no tratamento da psoríase e de outras condições clínicas crônicas e frequentemente, refratárias e incapacitantes.

Referências

  1. de Mendonça, L. F., de Sá, C. A. L., Mota, R. C., de Carvalho, L. L., de Figueiredo, S. B. C., Oliveira, D. F. de S., Amaral, V. R., & Bomtempo, C. F. (2022). Psoríase: revisão bibliográfica / Psoriasis: a literature review. Brazilian Journal of Development, 8(6), 47432–47440. https://doi.org/10.34117/bjdv8n6-307
  2. Korman N. Doença comórbida na psoríase. UpToDate. Dezembro, 2019. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/comorbid-disease-inpsoriasis?search=psoriase&source=search_result&selectedTitle=11~150&usage_type=d efault&display_rank=11#H3467124
  3. Puaratanaarunkon, ‘T. et al Topical cannabidiol based treatment for psoriasis: A dual-centre randomized placebo-controlled study.J. Eur. Acad. Dermatol. Venereol. 36, (2022).
  4. Lu D., Potter D.E. Chapter 58—Cannabinoids and the Cannabinoid Receptors: An Overview. In: Preedy V.R., editor. Handbook of Cannabis and Related Pathologies. Academic Press; San Diego, CA, USA: 2017. pp. 553–563.
  5. Wroński, Adam et al. “Phytocannabinoids in the Pharmacotherapy of Psoriasis.” Molecules (Basel, Switzerland) vol. 28,3 1192. 25 Jan. 2023, doi:10.3390/molecules28031192
  6. Casanova, M. L.et al. Inhibition ofskin tumor growth and angiogenesis in vivo by activation of cannabinoid receptors.J. Clin. Invest. 111, 43-50 (2003).
  7. Di Marzo V., Piscitelli F. The Endocannabinoid System and Its Modulation by Phytocannabinoids. Neurotherapeutics. 2015;12:692–698. doi: 10.1007/s13311-015-0374-6. 
  8. Vincenzi, C. & Tosti, A. Efficacy and Tolerability of a Shampoo Containing Broad-Spectrum Cannabidiol in the Treatment of Scalp Inflammation in Patients with Mild to Moderate Scalp Psoriasis or Seborrheic Dermatitis. Skin Appendage Disord. 6,355-361 (2020).
  9. Palmieri, B, Laurino, B. & Vadalà, M. A therapeutic effect of cbd-enriched ointment in inflammatory skin diseases and cutaneous scars. Clin. Ter: 93-99 (2019) doi: 10.7417/CT.2019.2116.
  10. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PSORÍASE. Tipos de psoríase. Disponível em: https://psoriasebrasil.org.br/tipos-de-psoriase/. Acesso em: 26 nov. 2024.
  11. SERVIER MEDICAL. INTEGUMENTARY SYSTEM ART. 2024. Available from https://smart.servier.com/smart_image/integumentary-system/. Accessed June 18.
Esse texto foi elaborado pelo time de experts da WeCann, baseado nas evidências científicas partilhadas nas referências e, amparado na ampla experiência prescritiva dos profissionais.

Mantenha-se atualizado. Cadastre-se e receba conteúdos exclusivos e tecnicamente qualificados.


    Ao assinar, você concorda com a política de privacidade.

    Assine nossa
    
newsletter.

      Ao assinar, você concorda com a política de privacidade.

      Artigos relacionados